Rio - O prefeito Marcelo Crivella anunciou, neste sábado, a construção de cerca de 2 mil unidades do programa Minha Casa Minha Vida na Mangueira, em reunião com moradores da comunidade. Os apartamentos serão para a Faixa 1 do programa, voltada para famílias com renda de até R$ 1.800. Através de decreto, a Prefeitura desapropriou o edifício da empresa Red Indian. Este é um dos cinco prédios que darão lugar às unidades habitacionais do Minha Casa Minha Vida, que já vinha sendo aguardado há anos pelos moradores da favela.
Os outros edifícios que serão demolidos são os do Ministério da Fazenda e do IBGE, ambos cedidos à Prefeitura do Rio pela Secretaria de Patrimônio da União e o prédio que sediou a empresa Alcoa, pertencente ao Banco do Brasil e comprado pelo município por R$ 2 milhões. O quinto terreno que compõe o programa habitacional na Mangueira é na área da antiga Companhia Lanifício Alto da Boavista, implodido em 2014.
"Os moradores aqui da Mangueira vão passar a viver com dignidade, em apartamentos bonitos. Vamos colocar praças e árvores no entorno, escola. Importante que a pessoa que mora aqui na comunidade vai continuar a residir no local onde tem suas origens. Por isso estamos construindo o Minha Casa Minha Vida aqui na Mangueira. Esses escombros de concreto e tijolo onde as pessoas moravam deverão ser esquecidos, porque aqui não tem a menor condição de se viver bem", destacou Crivella, fazendo referência ao prédio do IBGE, onde ele estava, e mostrando as péssimas condições de moradia.
Para viabilizar o serviço, Crivella ressaltou que os moradores serão inscritos no programa de Aluguel Social da Prefeitura do Rio. E deverão desocupar o prédio para que o serviço de implosão seja realizado.
"Vai ser no dia 13 de maio. Um dia de sorte para os moradores da Mangueira, ao contrário do que costumam pensar alguns. Também é o Dia das Mães e o dia que marca o fim da escravidão no Brasil. Temos que liberar o prédio. Para a empresa de demolição vir aqui e explodir tudo. Depois, tem o serviço de retirada dos escombros. Vinte e cinco anos de tristezas vão cair por terra", acrescentou o prefeito.
A Prefeitura do Rio é responsável em ceder os terrenos e selecionar as famílias que serão beneficiadas pelo programa. O tempo de construção é de aproximadamente um ano e meio. Os custos e a escolha das empresas que farão a obra são de responsabilidade da Caixa Econômica Federal.