Rio - A Liga da Justiça, milícia que atua na Zona Oeste do Rio de Janeiro, fatura cerca de R$ 300 milhões ao ano. A informação foi divulgada pelo chefe da Polícia Civil, delegado Rivaldo Barbosa, em uma coletiva de imprensa, nesta quarta-feira. A operação "Nocaute", realizada hoje, cumpriu 25 mandados de prisão —18 nas ruas e sete que já estavam na prisão — e visava atacar o braço financeiro da organização criminosa.
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Segundo dados apresentados, boa parte desse dinheiro vai para a corrupção de agentes públicos. Rivaldo também comentou que, atualmente, as três maiores fontes de renda da organização são a exploração do transporte alternativo, a exploração de minerais e loteamentos irregulares. Este dois últimos são itens que configuram crime ambiental. "A milícia pratica todos os crimes do Código Penal", afirmou Rivaldo.
O delegado também negou que a operação de hoje tenha sido antecipada por conta de ameaças. "Não procede. Fizemos no tempo estipulado".
A operação contou com 180 agentes divididos em 60 equipes e, além do cumprimento de mandados de prisão, e cerca de 30 vans irregulares foram apreendidas.