Policial civil Eduardo Freire Pinto Guedes Filho, conhecido como Paquetá, de 47 anos, morreu em tentativa de assalto no Engenho de Dentro, na Zona Norte - Reprodução
Policial civil Eduardo Freire Pinto Guedes Filho, conhecido como Paquetá, de 47 anos, morreu em tentativa de assalto no Engenho de Dentro, na Zona NorteReprodução
Por NADEDJA CALADO e RAFAEL NASCIMENTO

Rio - Um policial civil morreu em uma tentativa de assalto na Rua Adolpho Bergamini, no Engenho de Dentro, Zona Norte do Rio, na manhã desta quarta-feira. Eduardo Freire Pinto Guedes Filho, conhecido como Paquetá, de 47 anos, lotado na Coordenadoria de Fiscalização de Armas e Explosivos (CFAE), chegou a ser levado para o Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, mas não resistiu. Em menos de 12 horas, dois policiais foram mortos e um baleado. No ano, chega a 67 o número de agentes de segurança mortos no estado do Rio. 

O crime aconteceu exatamente às 9h27 da manhã, horário registrado em circuito de câmeras. O policial voltava do mercado, a paisana, com sacolas de compras e percebeu que estava sendo seguido. Ele foi abordado por um homem que anunciou o assalto e pediu seu cordão de ouro, e eles entraram em discussão, já em frente à casa do policial. O suspeito efetuou três disparos e fugiu na moto de um comparsa que aguardava em frente. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra a abordagem do criminoso. 

Muito abalada, a família recebeu a notícia da morte no hospital e não falou com a imprensa. Paquetá deixa esposa e um casal de filhos, um rapaz maior de idade e uma menina menor.   

A Delegacia de Homicídios da Capital (DH-Capital) periciou o local e realiza diligências em busca de testemunhas e câmeras de segurança. Em nota, a Polícia Civil lamentou a morte do agente

Também na manhã desta quarta-feira, por volta das 8h, um outro servidor da Polícia civil foi baleado ao reagir ao uma tentativa de assalto na Rua Ferreira Pontes, no Andaraí. O tiroteio deixou outro homem baleado e a mulher do policial ferida por estilhaços. Marcus Fonseca, de 45 anos, levou seis tiros e passou por cirurgia no Hospital Federal do Andaraí. O seu estado de saúde é estável. "Ele estava parado no sinal e vieram dois bandidos em dois carros, fizeram arrastão e começaram a atirar", relata o delegado Fábio Barucke, do Departamento Geral de Polícia (DGP).

Já por volta das 23h desta terça-feira, um policial federal aposentado foi morto a tiros no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste da cidade. Luis Carlos Dias caminhava pela Avenida Guignard quando foi abordado por bandidos. Ele teria negado entregar seus pertences, já que sua identificação de policial estava junto de seu celular. Os criminosos, então, atiraram contra ele. O agente tentou fugir e morreu na Rua Gustavo Corção, a cerca de 200 metros de onde foi abordado.

Agentes de segurança mortos chega a 67

Com a morte do policial Civil Eduardo Freire e do policial federal aposentado, o número de agentes de Segurança Pública assassinados no Estado do Rio em 2018 vai a 67. Destes, 57 são policiais militares, quatro são policiais civis, dois eram agente da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap), outros dois do Exército e um da Guarda Municipal do Rio.

O último caso tinha sido do subtenente da Polícia Militar Rogenir Moura de Oliveira, de 50 anos, morto após ser baleado ao tentar escapar de um assalto na porta de sua casa, no bairro Brasilândia, em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio. 

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