Rio - A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) disse repudiar à ameaça feita ao jornalista Carlos de Lannoy por causa da reportagem sobre o carro de uma família que foi metralhada por militares Exército, na Zona Norte do Rio, neste domingo. A declaração foi dada pela presidente da entidade, Maria José Braga, que avisou que vai levar o caso do profissional da Rede Globo à reunião semanal que terá nesta segunda-feira no Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional.
"Toda reunião do conselho a gente discute casos de violência a jornalistas e esse caso, com certeza, será apresentado na reunião desta semana", garante Maria José.
De Lannoy publicou em seu Twitter uma ameaça feita em um comentário em seu Instagram após a exibição de reportagem do caso no "Fantástico" deste domingo. A jornalista defende a identificação e punição do responsável.
"Mesmo sendo uma ameaça feita em rede social, o responsável tem que ser punido. A gente espera que essa seja uma questão individual e não institucional, que esteja ligada ao Exército", a jornalista afirma.
O autor da ameaça contra de Lannoy é um homem do Rio Grande do Norte, formado em Direito. Nas redes sociais, ele se diz admirador do ministro da Justiça, Sérgio Moro, de Jair Bolsonaro (PSL) e da ditadura militar.
A presidente da Fenaj, recomenda aos jornalistas que se vejam diante de uma situação similar ao do profissional da Rede Globo que procure suas empresas e sindicato responsável.
"Em alguns casos, a Fenaj faz uma denúncia pública e acompanha o caso. Se for preciso, dependendo da gravidade, essa denúncia é feita tanto nacional quanto internacionalmente", Maria José explica.