Luciana Santos foi espancada e morta com um tiro na cabeça, em Queimados. - Arquivo Pessoal
Luciana Santos foi espancada e morta com um tiro na cabeça, em Queimados.Arquivo Pessoal
Por Ana Mello*

Rio - Uma mulher morreu após ser espancada e baleada, no Morro da Paz, em Queimados, na Baixada Fluminense, sexta-feira. Segundo familiares, a professora de educação física Luciana Pereira dos Santos, de 38 anos, foi morta pelo companheiro na casa onde moravam. O enterro aconteceu neste domingo, no Cemitério Vale da Saudade, na mesma cidade. Parentes cobram Justiça.

De acordo com o sobrinho da vítima, Michel Santos, de 24 anos, Luciana e o companheiro moravam juntos há cerca de três anos e vinham discutindo com frequência há algumas semanas por causa de ciúmes. Ao DIA, Michel disse que o homem era conhecido da família e tinha um histórico violento.

"Ele ia jogar futebol e arrumava confusão", conta.

Os parentes foram em busca de Luciana após receberem ligações do trabalho da vítima, informando que ela não tinha ido trabalhar na sexta. Vizinhos contaram à família que ouviram uma discussão de madrugada e tiros por volta da 1h. Ao entrarem na casa, familiares encontraram Luciana ferida no chão do quarto, com um tiro na cabeça. Apesar dos ferimentos, a vítima ainda estava consciente quando foi socorrida para o Hospital da Posse, em Nova Iguaçu. Ela passou por cirurgia, mas não resistiu.

Para Michel, a dor da perda é grande, principalmente para o filho de Luciana, de 12 anos.

"Ele perdeu uma mãe, com quem sempre ficava e que fazia tudo por ele. A família está destruída, a gente só quer justiça e que o assassino seja preso", desabafa.

De acordo a 55ª DP (Queimados), um inquérito foi instaurado para apurar o que aconteceu. O autor já foi identificado, mas o nome não foi divulgado.

"A princípio o nome do suspeito segue sob sigilo para não atrapalhar a conclusão das investigações", informou a Polícia Civil.

Homenagem nas redes sociais

Amigos e parentes de Luciana usaram as redes sociais para homenagear a vítima. 

"Descanse em paz, mais uma vítima de feminicídio, morta pelo próprio marido. Uma grande amiga, mãe e professora. Perdeu sua vida de forma covarde e injusta. O mais triste é saber que este não é um caso isolado, quantas mulheres morrem todos os anos vítimas de feminicídio? Vá em paz, querida amiga, um dia iremos nos encontrar de novo", escreveu uma amiga de Luciana no Facebook.

"Nunca tirarão da nossa memória a sua alegria de viver e seu lindo sorriso", escreveu outra amiga. "A ficha ainda não caiu, não acredito que isso aconteceu Lu", publicou um amigo.

*Estagiária sob supervisão de Lula Pellegrini

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