Rio de Janeiro, 16 de abril, Barra. Marcelo Diniz presidente assossicao de moradores de Muzema  depondo na 16 DP. Foto Marcio Mercante / Agencia O Dia. - Marcio Mercante / AgÊncia O Dia
Rio de Janeiro, 16 de abril, Barra. Marcelo Diniz presidente assossicao de moradores de Muzema depondo na 16 DP. Foto Marcio Mercante / Agencia O Dia.Marcio Mercante / AgÊncia O Dia
Por RAFAEL NASCIMENTO

Rio - O presidente da associação de moradores da Muzema, na Zona Oeste do Rio, Marcelo Anastácio Diniz Anastácio da Silva, foi ouvido novamente nesta quinta-feira na 16ª DP (Barra da Tijuca). Segundo fontes, o homem voltou a negar que conhece a milícia que atua no local e disse desconhecer os construtores dos prédios da comunidade. 

Esta é a segunda vez que Marcelo Diniz é ouvido na delegacia. Na terça-feira, o depoimento do presidente da associação durou quase seis horas. "Já dei todas os esclarecimentos possíveis as autoridades e estou disposto a ajudar no que for possível. Estou muito sentido por tudo", disse o homem, que não explicou o porquê de ter deixado a Muzema por quatro dias. Na ocasião, a advogada do homem, Vanessa Lopes, disse apenas que "as autoridades estão esclarecendo o caso".

Um dia antes, ele chegou a ser procurado em casa e na sede da associação de moradores para prestar esclarecimentos para a Polícia Civil, mas não foi encontrado. Uma de suas defensoras foi à 16ª DP e apresentou um atestado médico para justificar a ausência.

De acordo com a polícia, cerca de 10 pessoas já prestaram depoimentos e os moradores estão passando informações extra-oficial, pois eles têm medo de ir à DP. Os investigadores miram pelo menos sete pessoas, que seriam responsáveis pelas construções e vendas de apartamentos na comunidade. 

A Polícia Civil procura José Bezerra de Lira, conhecido como "Zé do Rolo" e "Zé Roleiro". Ele seria o responsável pelas construções que desabaram, deixando pelo menos 20 mortos. Através de anúncios na internet, a polícia investiga a participação de outras pessoas que possam estar envolvidas na venda de imóveis irregulares naquela região.

Segundo um morador ouvido por O DIA, "Zé do Rolo" é morador da favela do Rio das Pedras, vizinha à Muzema. Ele mantém uma outra construção irregular na localidade conhecida como "Areal" - trecho da favela do Rio das Pedras que fica às margens da Lagoa da Tijuca. Ainda segundo este morador, que pediu para não ser identificado, Zé teria viajado para a Paraíba no dia seguinte à tragédia.

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