Queiroz chega ao Rio depois de ser preso em São Paulo
Ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro foi capturado na manhã desta quinta-feira, no interior paulista
Rio - Depois de ser preso em Atibaia, no interior de São Paulo, no início da manhã desta quinta-feira, o PM reformado Fabrício Queiroz chegou ao Rio, no início da tarde. O ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) veio de helicóptero da capital paulista, que pousou no Aeroporto de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, por volta das 12h10.
Queiroz deixou a aeronave cerca de cinco minutos depois. Fora dela, o PM recebeu voz de prisão de representantes do Ministério Público estadual (MPRJ), que o investiga. Um colete foi entregue a ele, que entrou em um carro, que seguiu em comboio em direção ao Instituto Médico Legal (IML) de São Cristóvão, na Zona Norte, para um exame de corpo de delito.
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O comboio levando o PM chegou ao IML cerca de meia hora depois, seguindo pela Linha Amarela. Lá, o carro em que ele estava foi cercado por diversos profissionais da imprensa, fazendo com que tivesse dificuldade para sair do veículo.
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Queiroz já tinha feito um exame de corpo de delito em São Paulo. Assim como na capital paulista, o procedimento no Rio foi feito rapidamente e do IML ele foi encaminhado ao Presídio de Benfica, ainda na Zona Norte, onde chegou cerca de 10 minutos depois.
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PRESO EM ATIBAIA
Fabrício Queiroz foi preso no início da manhã desta quinta, em uma casa de Frederick Wassef, advogado de Flávio Bolsonaro. Ele estava no local há cerca de um ano. A polícia, que monitorava a residência há aproximadamente um mês, precisou arrombar a porta e o portão do imóvel.
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De Atibaia, o PM foi levado à capital paulista. De lá, embarcou em um helicóptero em direção ao Rio, por volta das 10h.
O PM é investigado no esquema de "rachadinha" que funcionaria no gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), quando o político foi deputado estadual. Ele também é investigado por lavagem de dinheiro em transações imobiliárias com valores de compra e venda fraudados.
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Queiroz virou alvo do MPRJ após um relatório do antigo Conselho de Atividades Financeiras (Coaf) apontar uma movimentação atípica em sua conta de R$ 1,2 milhão.
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Em abril do ano passado, a Justiça determinou a quebra do sigilo fiscal e bancário do PM, do senador Flávio Bolsonaro e de outras 84 pessoas.
Em dezembro, Queiroz e outros ex-assessores de Flávio já haviam sido alvos de uma operação de cumprimento de busca e apreensão do Ministério Público do Rio.