Queiroz foi preso nesta quinta-feira - Daniel Castelo Branco / Agência O DIA
Queiroz foi preso nesta quinta-feiraDaniel Castelo Branco / Agência O DIA
Por RAI AQUINO
Rio - A Secretaria estadual de Administração Penitenciária (Seap) informou que Fabrício Queiroz ocupa uma cela com seis metros quadrados com uma cama, chuveiro, vaso sanitário e pia no Complexo de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio. O ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), preso ontem durante a Operação Anjo, realizada nesta quinta-feira, está no Presídio Pedrolino Werling de Oliveira.
Queiroz deu entrada no presídio por volta das 15h25 de ontem, depois de passar pela Cadeia de Benfica, na Zona Norte. O PM reformado foi preso no início da manhã, em Atibaia, no interior de São Paulo, e chegou ao Rio por volta das 12h. Antes de ser levado ao sistema prisional do estado, fez um exame de corpo de delito no IML de São Cristóvão.
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Durante os primeiros 14 dias em que estiver em Bangu, Queiroz vai ficar sozinho em sua cela, isolado por causa da pandemia do novo coronavírus (covid-19). Assim como todos os demais detentos, na cadeia, ele tem direito a quatro refeições diárias: café da manhã, almoço, lanche e jantar.
Antes de ir para Bangu, Queiroz passou pelo Presídio de Benfica - Estefan Radovicz / Agência O Dia

RACHADINHA
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Queiroz foi preso em uma casa de Frederick Wassef, advogado de Flávio Bolsonaro. Ele estava no local há cerca de um ano. A polícia, que monitorava a residência há aproximadamente um mês, precisou arrombar a porta e o portão do imóvel.
O PM é investigado no esquema de "rachadinha" que funcionaria no gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), quando o filho do presidente Jair Bolsonaro foi deputado estadual. Ele também é investigado por lavagem de dinheiro em transações imobiliárias com valores de compra e venda fraudados.
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Queiroz virou alvo do Ministério Público estadual (MPRJ) após um relatório do antigo Conselho de Atividades Financeiras (Coaf) apontar uma movimentação atípica em sua conta de R$ 1,2 milhão.
Em abril do ano passado, a Justiça determinou a quebra do sigilo fiscal e bancário do PM, do senador Flávio Bolsonaro e de outras 84 pessoas.
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Em dezembro, Queiroz e outros ex-assessores de Flávio já haviam sido alvos de uma operação de cumprimento de busca e apreensão do MPRJ.