Ágatha Félix, de 8 anos, foi morta em setembro de 2019, no Complexo do Alemão - Arquivo Pessoal
Ágatha Félix, de 8 anos, foi morta em setembro de 2019, no Complexo do AlemãoArquivo Pessoal
Por O Dia
Rio - A mãe da menina Ágatha Vitória Felix, Vanessa Francisco, vai realizar uma live no Instagram, às 19h30 desta segunda-feira, em memória de sua filha de 8 anos, morta a tiros, quando voltava para casa com ela, dentro de uma Kombi, no Complexo do Alemão, na Zona Norte, em setembro de 2019. 
"Mix de emoções, porém não vou me calar. Não posso me calar", escreveu ela em uma rede social.
Publicidade
Ágatha foi baleada nas costas quando voltava para a casa. Ela chegou a ser socorrida no Hospital Estadual Getúlio Vargas, mas não resistiu.
"Carreguei minha filha nove meses na barriga, senti dores, trabalhava subindo e descendo escada, chegava em casa cheia de dores nas costas, mas a sensação era trabalhei mais um dia para garanti meu pagamento e comprar coisas para meu bebê que estava por vir, sentia felicidade a cada mês que passava era a sensação que logo logo eu conheceria seu rosto. Eu já sabia que ela viria linda, eu falava está me deixando feia para vir linda", escreveu a mãe da menina. 
Publicidade
Nas redes sociais, Vanessa também propôs um "twittaço", às 11h desta segunda-feira, por justiça pela filha. Basta subir a hashtag #justicaparaagatha na rede social Twitter. 
Relembre o caso
Publicidade
Agatha Vitória Sales Félix, de apenas oito anos morreu, no dia 21 de setembro de 2019, após ser baleada nas costas quando estava dentro de uma kombi, no Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio. De acordo com testemunhas, Agatha estava com a família, quando policiais militares da UPP Fazendinha atiraram contra uma moto na região, atingindo a menina. 
Ela chegou a ser levada para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha. Ela morreu na madrugada após ser levada ao centro cirúrgico da unidade.
Publicidade
Familiares acusaram os policiais militares de terem efetuado os disparos que atingiram a menina. Moradores alegaram que não havia tiroteio no momento em que a menina foi baleada.
Publicidade
Na época, o Instituto Médico Legal (IML) realizou um exame no corpo de Agatha e um fragmento da bala foi retirado e enviado para perícia. O instituto também esclareceu que o corpo só foi liberado para retirada dos familiares à noite, por conta de uma falha técnica em um dos scanners utilizados na perícia. 
Reconstituição
Publicidade
A reconstituição da morte da menina durou cerca de três horas e contou com a participação de apenas dois dos 11 PMs envolvidos direta ou indiretamente no crime. Vanessa Sales, passou mal e também não esteve na reprodução simulada, que aconteceu no Largo do Birosca, no Complexo do Alemão.
Dois que participaram diretamente da dinâmica da ação foram efetivamente ouvidos durante a reprodução dos fatos, na comunidade da Fazendinha. Eles sustentaram que dois ocupantes de uma moto passaram atirando contra a equipe de policiais, quando houve a troca de tiros que atingiu Ágatha dentro de uma kombi.
Publicidade
A Polícia Cívil apreendeu os três fuzis usados pelos policiais militares envolvidos na ação que resultou na morte de menina
Publicidade