Audiência, em novembro, incluindo a deputada federal Flordelis, do processo que trata do assassinato do pastor Anderson do Carmo - Reginaldo Pimenta / Agência O Dia
Audiência, em novembro, incluindo a deputada federal Flordelis, do processo que trata do assassinato do pastor Anderson do CarmoReginaldo Pimenta / Agência O Dia
Por O Dia
Rio – A Procuradoria de Justiça decidiu pelo parecer favorável para que a deputada federal Flordelis dos Santos (PSD-RJ) seja afastada do cargo político durante a primeira fase do processo que julga os responsáveis pela morte do marido da parlamentar, o pastor Anderson do Carmo. A pastora e cantora gospel é acusada de ter orquestrado o crime. O líder religioso foi morto no dia 16 de junho de 2019 em Niterói.
O documento assinado pela procuradora Maria Christina Pasquinelli diz que “apesar do crime não ter ligação com o mandato de deputada, Flordelis pode usar o cargo para afetar o andamento do processo criminal”.
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No mês passada a juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói, onde o processo é julgado, negou o pedido para que a parlamentar fosse afastada de suas funções. O promotor do caso, Carlos Gustavo de Andrade recorreu à decisão.
O afastamento da deputada não depende apenas da aprovação do Tribunal de Justiça. É necessário que o afastamento seja submetido também ao plenário da Câmara dos Deputados.
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Processo
Flordelis e mais 10 pessoas são réus no processo que julga os responsáveis pela morte de Anderson do Carmo. Em depoimento, testemunhas de acusação afirmam que a deputada orquestrou a morte do marido. À juíza Nearis, a parlamentar disse que soube de um plano para assassinar o pastor, mas negou sua participar.
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Flordelis acusa a filha adotiva Marzy Teixeira da Silva de tentar convencer o irmão Lucas Cézar dos Santos para matar o pai adotivo. As mensagens estavam no celular usado pela deputada.
As investigações da morte do pastor foram divididas em três partes. Na primeira fase, Lucas e o irmão Flávio do Santos, filho biológico de Flordelis, foram presos pela morte do pai. Lucas por ter negociado a compra da arma do crime e Flavio por atirar na vítima.
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Na segunda fase, a justiça indiciou nove pessoas, entre elas a deputada federal. Flordelis não foi presa por ter imunidade parlamentar. Cinco filhos e uma neta da pastora foram acusados de participação no crime. Um ex-policial militar e a esposa dele foram indiciados por participar da confecção de uma carta escrita por Lucas.
Já na terceira fase, a polícia investiga mais um filho e uma neta da deputada, seu motorista e sua cozinheira.