Protestos em frente a DHBF - Luana Benedito / Agência O Dia
Protestos em frente a DHBFLuana Benedito / Agência O Dia
Por O Dia
Rio - O sangue encontrado em uma roupa na casa de um vizinho dos três meninos desaparecidos em Belford Roxo não era de nenhuma das crianças. O exame do Instituto de Pesquisa e Perícias em Genética Forense (IPPGF) revelou que o sangue pertencia à companheira do vizinho. O homem foi torturado por traficantes da região.
Publicidade
A Polícia Civil diz que as investigações seguem em andamento pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) para determinar o paradeiro dos meninos. Lucas Matheus da Silva, de 8 anos, Alexandre da Silva, de 10, e Fernando Henrique Soares, de 11 estão desaparecidas desde o dia 27 de dezembro.
Publicidade
Uma linha de investigação é de que traficantes da região tenham participação no desaparecimento. A suspeita foi cogitada após levantamento de informações e depois que criminosos torturaram um homem, indicando falsamente ser o responsável pelo desaparecimento dos meninos e imputando sua captura aos moradores.
Publicidade
Em operação da Polícia Civil no âmbito da investigação, na comunidade Castelar, agentes da DHBF e da Polícia Militar realizaram diligências para identificar integrantes da organização criminosa que atua na localidade.
Os traficantes, acrescenta a Polícia Civil, também incitaram a população a atear fogo em um ônibus como forma de desviar o foco das investigações. Na ocasião, três pessoas foram presas por policiais civis da 54ª DP (Belford Roxo).
Publicidade
O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos se comprometeu nesta terça-feira (2) a prestar apoio às famílias. A ministra Damares Alves conversou com os parentes dos jovens por videoconferência durante reunião na sede da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos (SEDSODH). Segundo ela, três secretários da pasta estão a caminho do Rio para acompanhar as investigações do caso.
Publicidade
A ministra também comentou sobre a possibilidade de oferecer moradia às famílias fora da comunidade do Castelar. Ao longo das investigações, os agentes levantaram a possibilidade de traficantes da região estarem envolvidos no crime.
Durante o encontro, o secretário estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, Bruno Dauaire, firmou outros compromissos com os familiares: colocar um veículo da secretaria à disposição para que possam ter condições de comparecer às consultas com os psicólogos, acompanhar as investigações junto à Polícia Civil e estreitar relações com os parentes por meio da Superintendente de Pessoas Desaparecidas, Jovita Belfort.
Publicidade