R$ 1,2 milhão para a Indústria do Carnaval
Governador em exercício, em solenidade, anuncia apoio agremiações que ficaram sem renda devido ao adiamento da Folia de Momo
As escolas de samba que não foram contempladas com os recursos da Lei Aldir Blanc, conforme O DIA antecipou na edição de 7 de fevereiro na matéria o Carnaval pede socorro terão, enfim, auxílio governamental: R$ 1,2 milhão serão destinados a oito escolas de samba do Grupo Especial. O governador em exercício do Rio, Cláudio Castro, assinou na Quarta de Cinzas um termo de autorização para uso do Fundo Estadual de Cultura em apoio às escolas de samba e aos blocos do estado. As escolas Mangueira, Salgueiro, Portela, Unidos da Tijuca, Vila Isabel, São Clemente, Imperatriz, e Paraíso do Tuiuti vão receber R$ 150 mil cada. "Os recursos serão destinados às lives das escolhas de samba-enredo para 2022", informou Jorge Castanheira, presidente da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa). Mocidade, Beija-Flor, Grande Rio e Viradouro ficaram de fora deste edital porque já tinham sido aprovadas na Aldir Blanc. De acordo com o governador em exercício em, no máximo 30 dias, as escolas vão receber os recursos.
"O que mais me deixou aflito no Carnaval foi cada emprego que não foi criado este ano. A Indústria do Carnaval não é só feita nesses dias", pontuou Castro. Para Castanheira, o edital veio em boa hora. "São iniciativas que tiram as escolas das dificuldades de um ano inteiro sem receita, sem evento de quadra, para fazer face às despesas que não param de existir. Esses recursos são efetivamente muito bem-vindos", afirmou.
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No início do mês O DIA ouviu o apelo de Fernando Horta, presidente da Unidos da Tijuca, e Luís Carlos Magalhães, presidente da Portela. Ambos ressaltaram a necessidade de auxílio do poder público. Horta pontuou que a escola não tem só a despesa dos funcionários, manter toda infraestrutura demanda dinheiro, são contas de energia, telefone, de manutenção, entre outras. "A escola não vive só de Carnaval, são shows, espetáculos, eventos na quadra (que fica na Leopoldina), mas com a pandemia essas atividades foram suspensas e isso comprometeu muito nosso orçamento", explicou.
O presidente da Portela, Luís Carlos Magalhães, também chamou atenção para as dificuldades que os trabalhadores da escola de samba estão enfrentando. "Estamos com barracões interditados e a pandemia impedindo eventos na quadra. Há muitos trabalhadores do Carnaval sem qualquer perspectiva", disse Magalhães na época.
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LIGAS DE BLOCOS
Além das escolas de samba, ligas de blocos também serão beneficiadas com valores a partir de R$ 50 mil. A secretária estadual de Cultura e Economia Criativa, Danielle Barros, disse que o valor ultrapassa R$ 1,5 milhão neste momento. Mas outras iniciativas de apoio ao Carnaval estão sendo analisadas. "Vamos credenciar todos os blocos e escolas que foram habilitados na Lei Aldir Blanc, mas que não receberam por uma questão de classificação", disse na solenidade.
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A secretária afirmou ainda que está sendo estudada a possibilidade de antecipar o uso da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, por meio do ICMS, para que o governo contribua com as escolas de samba nos preparativos para os desfiles de 2022.