Cláudio Castro
Cláudio CastroReginaldo Pimenta
Por O Dia
Rio - O governador em exercício do Rio, Cláudio Castro, se irritou e rebateu as críticas feitas pelo deputado federal Marcelo Freixo (PSOL) sobre o recorde de número de mortes por covid-19 no estado. Após a Secretaria Estadual de Saúde divulgar, no sábado, que mais de 400 pessoas morreram pela doença nas últimas 24h, Freixo fez uma postagem em seu Instagram.

O deputado federal culpou Cláudio Castro e Jair Bolsonaro pelos altos números de óbitos. Freixo afirmou que a "irresponsabilidade" de Castro e Bolsonaro está "custando caro" à população do Rio. Ele ainda os chamou de negacionistas e fez um apelo para que as pessoas escutem a ciência.
 
 
 
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Uma publicação compartilhada por Marcelo Freixo (@marcelofreixo)



Após a publicação, Castro usou suas redes sociais, nesta manhã, para retrucar o parlamentar. Ele afirmou que o governo do Rio já abriu quase 600 leitos em duas semanas e "faz a maior logística no país de distribuição de vacinas". O governador ainda chamou Freixo de "covarde" e pediu que parasse de "fazer politicagem com a dor das famílias que perderam seus entes para a pandemia".
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Castro também citou os números da segurança pública do estado. "Nunca se prendeu tantos milicianos como hoje; estamos diante dos melhores números da segurança pública da nossa história; conseguimos botar as contas do Estado em dia".

"Vá trabalhar, saia da internet e faça alguma coisa de útil pelo seu estado", finalizou Castro.
Logo após a repercussão, Freixo também usou seu Twitter e fez uma tréplica. Ele ressaltou que abrir leitos é "obrigação" do governador e citou a festa de aniversário do governador, realizada na Região Serrana, no último domingo.

"Cláudio Castro, covardia é ser submisso a Bolsonaro e impor ao RJ a política negacionista do presidente. 696 doentes estão a espera de um leito de UTI no Estado enquanto você faz festinha de aniversário. 411 pessoas morreram ontem. Abrir leito é sua OBRIGAÇÃO como governador", escreveu.

O deputado também citou a ligação de Castro com a família Bolsonaro. "Você está de joelhos para a família Bolsonaro porque tem medo das investigações do Ministério Público por suspeita de receber propina num contrato milionário de tratamento oftalmológico para pessoas de baixa renda. Pelo jeito seu problema não é só incompetência".

"Você é cúmplice de Bolsonaro no boicote ao combate à pandemia, declarou guerra aos prefeitos do Rio e Niterói e é incapaz de liderar uma ação coordenada no Estado contra a doença. Tenha o mínimo de dignidade para o cargo e vá cumprir com suas obrigações", seguiu.

Freixo finalizou falando que segue trabalhando no Congresso Nacional para aumentar o valor do auxílio emergencial e por mais recursos ao enfrentamento da pandemia.
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"Nós seguimos trabalhando no Congresso Nacional para aumentar o valor de miséria do auxílio emergencial que seu presidente propôs e lutando por mais recursos para o enfrentamento à pandemia no RJ", escreveu por fim.