Mãe de Henry pediu licença luto de cargo público no mesmo dia da morte do menino
Monique Medeiros exercia a função de segunda assistente no gabinete do Conselheiro Luiz Antonio Guarana e recebia salário de R$ 4 mil por mês
Por O Dia
Rio - Monique Medeiros, presa na manhã desta quinta-feira (8) por suposto envolvimento na morte do próprio filho, Henry Borel, de 4 anos, solicitou há um mês a licença luto e, posteriormente, licença especial, no Tribunal de Contas do Município do Rio (TCM). Ela recebia, até o dia 24 de março, o salário de R$ 4.349,10 do TCM. A partir desta data, segundo o Tribunal, ela foi desvinculada e um procedimento administrativo interno de devolução para a Prefeitura foi iniciado.
Monique abriu mão do cargo de diretora na Secretaria Municipal de Educação (SME) para exercer a função de segunda assistente no gabinete do Conselheiro Luiz Antonio Guarana no começo de 2021. A funcionária pública trocou de cargo após ter sido indicada, meses depois do seu relacionamento com o vereador Jairinho. Até janeiro deste ano, a mãe de Henry recebia o valor de R$ 6.312,97, mas ela foi exonerada do cargo e passou a receber R$ 4.349,10.
Em pouco mais de um mês em que esteve trabalhando no gabinete do Conselheiro a servidora vinha atuando na pesquisa de informações para a elaboração de um sistema de monitoramento e acompanhamento do tema Educação, que está em desenvolvimento e será implantado em breve. Monique trabalhava de forma remota, assim como a maioria dos servidores do TCM.
Segundo o Tribunal de Contas, durante os dias de serviço prestado, a professora não apresentou nenhum indício de irregularidade. "Todas as frequências foram atestadas, bem como registradas as licenças de luto, especial e as faltas ocorridas no período, que foram devidamente descontadas", informou o TCM.
O partido Solidariedade comunicou publicamente, na quarta-feira, o afastamento do vereador Jairo Souza Santos Junior, o Dr. Jairinho. O parlamentar foi preso foi preso temporariamente por 30 dias, nesta quinta-feira, apontado como principal suspeito pela morte de Henry Borel, de 4 anos, que aconteceu na madrugada do último dia 8 de março. Henry é filho de Monique Medeiros com o engenheiro Leniel Borel. Para a Polícia Civil, o menino foi assassinado após sofrer sessões de tortura.
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"Nós, enquanto um partido formado por cidadãos que buscam um futuro melhor, manifestamos nosso repúdio a todo e qualquer tipo de maus tratos e violência, principalmente contra crianças e adolescentes. Lutamos pelos desfavorecidos e seguiremos atentos aos mais vulneráveis de nossa sociedade", afirmou o partido.
O Solidariedade também informou que aguarda a apuração dos fatos com o processo de investigação e uma posição final da Justiça.
Casal é preso um mês após a morte de Henry
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Agentes da 16ª DP (Barra da Tijuca) prenderam na manhã desta quinta-feira (8) o casal Monique Medeiros e o vereador Dr. Jairinho (Solidariedade) pela morte de Henry Borel, de 4 anos, ocorrida na madrugada do último dia 8 de março. Henry é filho de Monique com o engenheiro Leniel Borel. Para a Polícia Civil, o menino foi assassinado após sofrer sessões de tortura.
Os mandados de prisão contra o casal são temporários por 30 dias e foram expedidos nesta quarta-feira (7) pelo 2º Tribunal do Júri da Capital. A versão contada pelo casal foi de que a criança sofreu um acidente no quarto onde os três moravam, na Barra da Tijuca. Essa hipótese foi descartada pela polícia. Na noite desta quinta, doutor Jairinho foi levado da Cadeia Pública de Benfica, na Zona Norte, para o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste.
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Jairinho e a namorada Monique são suspeitos de atrapalhar as investigações, ameaçar e combinar versões com algumas testemunhas. A polícia identificou que o vereador agredia o menino com chutes e golpes na cabeça, tudo isso com o conhecimento da mãe, que era conivente.
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