Rio -- Durante a investigação da morte de Henry Borel, 4 anos, policiais civis encontraram, através do plano de saúde pago pelo pai do menino, o relatório de atendimento feito por uma médica do Hospital Real D'Or, em Bangu à criança. A data é 13 de fevereiro, um dia após a babá contar à Monique Medeiros, mãe de Henry, em tempo real, que o menino havia tomado uma banda, socos e chutes de Jairo Souza, o Jairnho. A mãe omitiu isso da médica e disse que ele se machucou ao cair da cama.
Conforme O DIA noticiou ontem, transcorreram 46 minutos em que Henry permaneceu em pânico, aninhado no colo da babá, até falar sobre o que havia ocorrido no quarto. A criança se queixava de dor na cabeça e estava mancando. A babá relatou isso à Monique, pelo Whatsapp, mas ela nada fez, permanecendo no shopping.
Publicidade
Segundo Henry, Jairinho bateu nele, no dia 12 de fevereiro, após chamá-lo no quarto para mostrar "algo que havia comprado".
O prontuário de atendimento médico, que O DIA teve acesso, foi divulgado inicialmente pela TV Globo, no programa Fantástico. Nele, a médica escreve "paciente caiu da cama, ontem, por volta das 17h. Acordou hoje com dor local, de claudicação, sem febre ou outros sintomas. (...) presença de dor à mobilidade". A seguir, a médica pede os exames, entre eles, o raio-x do joelho esquerdo, em que não se mostra fratura. Para a dor, receita um anti-inflamtório, e libera a criança.
Publicidade
Monique Medeiros, além de não relatar às agressões ditas pela criança, não fala que Henry não conseguia nem ao menos tomar lavar a cabeça no banho de tanta dor que estava sentindo. Ela ainda diz que a suposta queda da cama ocorreu às 17h, momento em que ela sabia que Henry já estava com a babá, na sala do apartamento, com medo de Jairinho.
O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil. Jairo Souza e Monique Medeiros estão presos, suspeitos de participação no homicídio da criança,
Publicidade
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.