Moradores da Cidade de Deus relatam intenso tiroteio um dia após morte de mototaxista
Segundo a Polícia Militar, policiais do 18º BPM (Jacarepaguá) foram 'atacados' por homens armados
Por O Dia
Rio - Moradores da Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio, relataram tiroteio na região na noite de quarta-feira (19) e na madrugada desta quinta-feira. Na terça-feira (18), o mototaxista Edvaldo Viana, 42 anos, e o garupa da moto, ainda não identificado, foram baleados por PMs embaixo de um viaduto da região. De acordo com pessoas que estavam no local na hora do crime, o mototaxista foi baleado após tentar fazer uma bandalha embaixo de um viaduto da favela.
Segundo a Polícia Militar, equipes do 18º BPM (Jacarepaguá) realizavam um policiamento na região conhecida como 'Localidade do 15' quando foram "atacados" por homens armados e houve confronto.
Ainda segundo a corporação, os homens conseguiram fugir. Não houve registro de feridos e presos na ação.
Mototaxista e garupa baleados
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Edvaldo Viana, de 42 anos, e um homem que estava na garupa da moto foram baleados debaixo de um viaduto que dá acesso à comunidade. Moradores acusam a PM pelas duas mortes.
Segundo ela, o marido fazia a última corrida do dia e iria para casa. Testemunhas contaram que Edvaldo parou a moto durante a abordagem, mas mesmo assim acabou baleado. "Mais um inocente morrendo, eu só quero justiça. Quem fez isso com meu marido, inocente, vai pagar", disse a mulher.
Edvaldo é natural de Maceió e veio para o Rio de janeiro para trabalhar. Na Cidade de Deus, conheceu Mirian. O casal não tem filhos, mas Edvaldo é pai de dois filhos que moram em Maceió. Um dos enteados do mototaxista, Paulo Henrique dos Santos Duarte, de 29 anos, disse que soube da morte do padrasto por um homem que esteve na casa dele para contar sobre o ocorrido e foi hostilizado pelos PMs.
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"A gente chegou lá e os policiais disseram que 'os dois gansos já foram levados'. Uma pessoa me disse que meu padrasto parou a moto e os policiais atiraram de dentro do carro. Eles levaram para o Hospital Cardoso Fontes, em Jacarepaguá, podendo levar eles para o Hospital Lourenço Jorge, na Barra", questionou Paulo Henrique.