Na foto Sayonara de Fátima Queiroz, avó de Kathlen RomeuDaniel Castelo Branco

Por O Dia
Rio - O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) instaurou uma investigação para apurar a conduta dos policiais que participaram da ação que resultou na morte de Kathlen de Oliveira Romeu, 24 anos, no Complexo do Lins, Zona Norte. Em nota, o MPRJ ainda afirmou que pediu à Corregedoria da Polícia Militar para instaurar um inquérito interno para investigar o caso.

"A 3ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada do Núcleo Rio de Janeiro informa que instaurou Procedimento Investigatório Criminal (PIC) para investigar, em procedimento independente, os fatos que causaram a morte de Kathlen de Oliveira Romeu. Por sua vez, a Promotoria de Justiça junto à Auditoria Militar do MPRJ informa que também instaurou PIC para apurar eventual crime militar relacionado ao caso", afirmou.

Na última terça-feira, a designer de interiores estava visitando familiares que moram na favela. A designer de interiores estava grávida de quatro meses. 
Operação foi irregular, afirma presidente da OAB
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Para o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ, Álvaro Quintão, a ação policial que terminou com a morte da jovem grávida Kathlen Romeu foi irregular. "Se os policiais estavam nesta ação dentro da favela, foi irregular porque não comunicaram ao Ministério Público e a PM negou a operação, por outro lado, se os policiais estavam em operação à revelia do comando da PM, também se trata de uma operação irregular", afirma o presidente.
A OAB acompanha o caso e esteve no reconhecimento do corpo da jovem no Instituto Médico-Legal. Representantes da ordem foram informados por testemunhas de que os policiais realizaram uma estratégia conhecida como "cavalo de tróia", conforme antecipado pelo Dia. Os agentes, segundo os relatos, estavam dentro de uma casa aguardando a aparição de criminosos em frente a um ponto de venda de drogas. Questionada, a PM não respondeu se os agentes adotaram essa estratégia.