Wellington da Silva Braga, o Ecko é morto em operação da Polícia Civil Reprodução/Agência O DIA

Por Thuany Dossares
Rio - A Polícia Civil investiga se policiais participavam de uma rede de proteção e informação para o miliciano Wellington da Silva Braga, o Ecko, de 34 anos. O paramilitar foi morto em confronto com os agentes, na manhã deste sábado, na localidade Três Pontes, na Zona Oeste do Rio.
O DIA apurou com fontes da corporação que os agentes identificados são policiais militares, que auxiliavam Ecko e sua quadrilha com informações privilegiadas em troca de propina.
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Durante a coletiva de imprensa para falar da operação, o diretor do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE), delegado Felipe Curi, informou que o criminoso tinha relação com policiais.
"Posso afirmar que há policiais envolvidos (com o criminoso), inclusive, já temos alguns identificados e já estamos identificando outros. Temos muitas provas contra essas pessoas, que tinham envolvimento direto com a milícia do Ecko e com o Ecko propriamente dito, e que serão presas. Não vamos entrar em detalhes porque o trabalho está em andamento", declarou Curi.
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O miliciano era procurado pela polícia há cerca de quatro anos e chegou a ser um dos criminosos com a recompensa mais cara no Portal dos Procurados do Disque-Denúncia. Ele passou a chefiar a quadrilha após a morte de seu irmão, Carlinhos Três Pontes. 
Ecko tinha uma grande rede de informantes, o que dificultava a sua captura. De acordo com a polícia, ele era informado até sobre passagens de viaturas nas estradas do Rio.
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"O Ecko era tido por muitos como quase intocável, porque quando a gente apontava na Avenida Brasil, ele já era avisado que tinha um comboio indo, e essa informação de alguma forma chegava ao chefe da milícia, o principal chefe da milícia do Brasil", disse o subsecretário de planejamento da Polícia Civil, delegado Rodrigo Oliveira.