Em vídeo, miliciano Macaquinho pratica zoofilia com cachorro
Imagens foram obtidas no celular apreendido com Wellington da Silva Braga, o Ecko. Denúncias de maus-tratos a animais devem ser passadas para a Linha Verde
Polícia pede informações que possam levar a prisão de um dos milicianos do grupo do Ecko - Disque Denúncia
Polícia pede informações que possam levar a prisão de um dos milicianos do grupo do EckoDisque Denúncia
Por Bruna Fantti
Rio -- A polícia se debruça sobre o conteúdo do celular do miliciano Wellington da Silva Braga, o Ecko, morto em confronto com policiais, no dia 12 de junho. No aparelho, um vídeo de um rival foi encontrado: Edmilson Gomes Menezes, o Macaquinho, aparece praticando ato sexual com a esposa e um cachorro, de acordo com apuração da reportagem.
A prática de zoofilia é crime, e entra na longa lista de ilicitudes praticadas pelo miliciano que aterroriza a Zona Oeste do Rio. Procurada, a corporação disse que não irá se manifestar sobre a perícia e o conteúdo do aparelho.
De acordo com dois policiais que assistiram ao vídeo, teria sido o próprio miliciano quem realizou a filmagem e sua esposa consente com o ato. O cachorro seria um animal da raça Pitbull, adulto, e os dois abusam do animal. Segundo o código penal, a pena prevista para zoofilia é a detenção, de dois a quatro anos, além de multa. Denúncias sobre maus tratos a animais podem ser feitas para o Linha Verde no telefone 0300 253 1177 (interior) ou 2253 1177 (capital). O App do Disque Denúncia também pode ser utilizado.
Milicianos eram aliados
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Ecko, que chegava a emprestar armas e homens para Macaquinho manter seus territórios na Zona Oeste, rompeu com ele em janeiro deste ano. O motivo teria sido o apoio incondicional de Macaquinho a traficantes do morro do São Carlos.
O então chefe da maior milícia do Rio, teria ordenada invasões na Gardênia Azul, na Zona Oeste, comunidade que Macaquinho havia tomado do tráfico. A ação, com vários homens vestidos de preto, foi filmada por câmeras de segurança. Na ocasião a Polícia Civil prendeu 14 milicianos. Um outro motivo da desavença entre Ecko e Macaquinho teria sido o racha do primeiro com Danilo Dias Lima, o Tandera, que atua na Baixada Fluminense e é apontado como seu possível sucessor.
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Tandera teria se recusado a devolver 38 fuzis que haviam sido emprestados. Um livro de contabilidade apreendido na casa de Ecko apontava que ele tinha mais 100 fuzis emprestados. Macaquinho teria ficado ao lado de Tandera, o que motivou a desavença. A informação, no entanto, nunca foi confirmada oficialmente.
O Disque Denúncia oferece R$ 5 mil por informações que levem à prisão de Macaquinho, que tem atuação no Morro da Rua Barão, Chacrinha, Fubá, Jordão e Campinho. Além da prática de milícia ele tem três mandados por homicídio.
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