Grupo conhecido como Bonde do Magrinho, liderado por policial militar, matava vítimas, se necessário, para conseguir dinheiroReprodução

Por Anderson Justino
Rio - Agentes da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco) realizaram, na manhã desta segunda-feira (21), a operação Barbárie e prenderam um policial militar, lotado no 41º BPM (Irajá), e um comparsa, ambos alvos de investigações contra uma milícia que atua em bairros das zonas Norte e Oeste do Rio.
O soldado Eduardo Maia Rodrigues, conhecido como Magrinho, é apontado como líder do Bonde do Magrinho. Já o comparsa, Cristiano Jorge Braga Sanches, conhecido como Tazinho, seria homem de confiança do policial. Contra eles foi cumprido mandados de prisão temporária por 30 dias. Os mandados de foram cumpridos na Taquara, Rocha Miranda, Praça Seca e Guaratiba.
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De acordo com a polícia, eles agiam de forma violenta e humilhante. Magrinho e Tazinho são acusados dos crimes de extorsão, estupros, roubo e associação criminosa. A dupla gravava vídeos para humilhar e extorquir suas vítimas, segundo o delegado Willian Pena, diretor da Draco. 
"A primeira analise, lembrando que hoje é o primeiro dia da prisão deles, é que eles escolhiam as vitimas de forma aleatória. E, sobre falso pretexto de que elas tinham cometido algum crime na região, eles as extorquiam e as humilhavam. Essa basicamente era a conduta deles. Os vídeos são humilhantes", explica o delegado. 
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A Polícia Civil segue com o inquérito e investiga a participação de outros dois homens. Segundo investigações, eles seriam informantes do policial. 
"Todos os mandados foram cumpridos com sucesso. Os dois presos respondem por vários crime. Usavam falsos pretexto de que as vitimas seriam marginais, a extorquiam, batiam e espancavam, pra conseguir dinheiro. Estamos investigando mais outros dois que seriam informantes", conclui o delegado.
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Em nota, a Polícia Militar informou que "o comando da unidade acompanhou a acareação na delegacia e a área Correcional da Corporação já foi comunicada do fato".
O policial militar deve ser levado para o presídio da PM em Niterói.