Polícia Civil montou uma Força-tarefa para investigar as denúncias de abuso sexual Reprodução TV Globo

Por O Dia
Rio - O novo diretor do Departamento de Ações Socioeducativas (Degase), tenente-coronel da Polícia Militar, Marcelo Ramos do Carmo, se reúne na tarde desta segunda-feira (5) com a juíza Lúcia Mothe Glioche, titular da Vara de Execuções de Medidas Socioeducativas do Rio, que determinou o afastamento de cinco agentes e do antigo diretor do órgão, na semana passada, por suspeita de abuso sexual contra adolescentes internas da unidade socioeducativa feminina Professor Antônio Carlos Gomes da Costa, na Ilha do Governador. O encontro acontece no Centro de Socioeducação Gelso de Carvalho Amaral, também na Ilha do Governador, unidade que recebeu no último sábado as 19 meninas, com idades entre 13 e 19 anos. A magistrada, acompanhada de representantes da Defensoria Pública, irá vistoriar a nova unidade.
O local será administrado por uma mulher. Aos 53 anos, Mariza Werneck, agente de segurança socioeducativa que já foi diretora-adjunta do Departamento Geral de Ações Sócioeducativas, assume a unidade feminina. O defensor público Rodrigo Azambuja, coordenador da Infância e Juventude, classificou como lamentável os abusos dentro de uma unidade do Degase.
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"É lamentável e vergonhoso, não tem explicação. É um lugar onde essas meninas deveriam estar sendo educadas e preparadas para ingressar na vida adulta. Elas deveriam aprender a tomar decisão para a vida e estão passando por situações assim. Ali é um lugar onde deveriam ganhar apoio", disse Azambuja.
Por determinação do governador Cláudio Castro, a Polícia Civil montou uma Força-tarefa que reúne duas delegacias especializadas para investigar as denúncias de abuso sexual no Degase. Em nota, a instituição disse que as investigações estão em andamento. A Polícia Civil não deu detalhes sobre o caso.
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Dos afastados, dois são acusados na denúncia do Ministério Público do Rio de terem se relacionado com as adolescentes. Duas delas engravidaram dentro da unidade. Uma sofreu aborto espontâneo e perdeu a  criança.Em depoimento, as menores revelaram que ganhavam doces, celulares e alguns presentes para se relacionarem com os agentes. 
Em nota, o Degase informou que o diretor-geral, Marcelo Ramos do Carmo, esteve nas unidades Centro de Socioeducação Professor Antônio Carlos Gomes da Costa (PACGC), Cense Ilha, no Centro de Monitoramento e nos setores de Inteligência e Corregedoria do Departamento "para analisar o status das medidas judiciais determinadas pela Justiça" e que ainda nesta semana "irá se reunir com representantes do Ministério Público e da Defensoria."
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