Homem dá coronhadas em vizinho por supostos barulhos no andar de cima. Caso aconteceu em condomínio na BarraREPRODUÇÃO DE VÍDEO/AGÊNCIA O DIA

Rio - Um vídeo obtido pelo O DIA mostra as agressões feitas por um policial penal ao seu vizinho em um condomínio na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. As agressões teriam acontecido na última segunda-feira (12) e motivadas por supostos ruídos no andar de cima e as brincadeiras de uma criança de dois anos. As imagens mostram a briga no corredor do prédio e é possível ver que o policial, identificado como Evandro Soares Ribeiro, está armado e empurra o vizinho. Após os empurrões, o analista de sistemas Leandro Citro ainda é agredido com coronhadas na cabeça.
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A vítima contou que após alguns minutos de confronto corporal, conseguiu tomar a arma do policial penal e levou até a portaria, mas deu de cara com o vizinho no elevador ao retornar para o apartamento. Neste momento, o agressor já estava com uma segunda arma.
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"Nesse segundo momento, ele me deu coronhadas, tapas na cabeça. Senti uma terrível sensação de impotência. Eu esperava a morte. Ele apontou a arma para mim e minha reação foi correr. Achei realmente que ele fosse atirar pelas costas".
Leandro, agredido na frente da esposa e da filha, tem medo de voltar para o apartamento e passa dias na casa de um familiar. Ele levou pontos na cabeça por conta das coronhadas e tem hematomas no olho. Para Leandro, no entanto, o mais doloroso tem sido o sentimento de impotência. "Eu esperava a morte", diz o analista.
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"Ele morava embaixo do meu apartamento e sempre reclamava que tinha ruído. Eu tenho uma filha de dois anos, e às vezes cai um brinquedinho, ou outro. Ele reclamava publicamente em grupos de WhatsApp, mas nunca veio até a gente para conversar", afirma Leandro.
Na última segunda, por volta das 23h, o policial penal tornou a reclamar do barulho. Leandro afirma que já estava dormindo com a filha. "Ouvi ele gritar na janela que ia levar uma bala para a gente. Ele tocou a campainha. Vi pelo olho mágico um homem, mas ele não parecia portar uma arma. Quando eu abro a porta, ele põe a arma na minha cara. Tentei fechar a porta, medi forças com ele, mas ele conseguiu arrombar".
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O agente estava fora do horário de serviço e ficará afastado das atividades na Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) enquanto durar a investigação. A pasta também informou que ele vai responder por um Processo Administrativo Disciplinar.
De acordo com a 32ª DP (Taquara), o homem foi preso pelos crimes de ameaça, lesão corporal e invasão de domicílio. Após pagar fiança e ter a arma apreendida, foi liberado e responderá em liberdade. 
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