Investigações continuam para descobrir se outras jovens foram vítimasReprodução/Redes Sociais

Rio - Mais duas alunas do professor de muay thai, Edson Souza, procuraram a 5ª DP (Mem de Sá) para prestar depoimento. As jovens fizeram contato, separadamente, na quinta (22) e nesta sexta-feira (23). Edson foi indiciado por importunação e assédio sexual contra quatro alunas da Academia Art Fighters, onde era sócio e fundador, na Lapa, no Centro do Rio.
O depoimento das novas possíveis vítimas ainda não tem data para ocorrer, mas devem ser agendados em breve, segundo o delegado à frente das investigações, Bruno Gilaberte. O titular informou que o professor, à princípio, não deve ser convocado para outra oitiva, a menos que nas declarações das alunas surja algo diferente do que já havia sido relatado.
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Segundo as investigações, entre as práticas de Edson estavam pesagens sozinho com a vítima só de calcinha, sem sutiã e massagens corporais com toques indevidos. O professor também abraçava e se esfregava nas nádegas das alunas com pênis ereto para mostrar excitação. Ele chegou a pedir fotos nuas para uma das vítimas.
"Caso a defesa queira que ele preste novas declarações, não há qualquer tipo de problema. Nós concordaremos, caso a defesa ache razoável", explicou o delegado. As investigações começaram há cerca de dois meses, mas os crimes aconteceram entre os anos de 2015 e 2018, quando as vítimas eram menores de idade. O inquérito foi encaminhado nesta quarta-feira (21) para o Ministério Público do Rio (MRPJ).
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Com a repercussão do caso, o proprietário da academia Delfim, onde o professor indiciado trabalhava, Gabriel Ribeiro, anunciou por meio das redes sociais que Edson foi desligado do quadro de professores. Em nota, a defesa do professor alegou que por orientação técnica, ele está afastado das atividades como professor de adolescentes, até o esclarecimento dos fatos.