A capital conta com dois pontos que administram a vacina contra raiva aos pets que são o Centro de Controle de Zoonoses Paulo Dacorso, em Santa Cruz, na Zona Oeste, e o Instituto Municipal de Medicina Veterinária Jorge Vaitsman, na Mangueira, na Zona NorteDivulgação
Rio vacina 17 mil animais contra a raiva em meio a recentes ocorrências no estado
Cariocas podem levar seus pets para se vacinar contra a doença sem agendamento prévio
Rio - O município do Rio vacinou 17,3 mil animais contra a raiva desde o início do ano, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. A campanha acontece em meio a episódios recentes de contaminação que foram registrados nos últimos meses em outras regiões do estado. A capital conta com dois pontos que administram o imunizante aos pets que são o Centro de Controle de Zoonoses Paulo Dacorso, em Santa Cruz, na Zona Oeste, e no Instituto Municipal de Medicina Veterinária Jorge Vaitsman, na Mangueira, na Zona Norte.
A capital não registra casos de infecção por raiva em cachorros e gatos desde 1995, mas outros municípios têm identificado casos da doença. Um cachorro precisou ser internado no Rio e não resistiu em maio deste ano, após ter contato com um morcego contaminado em Duque de Caxias, onde vivia.
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Em junho, na capital, nove casos de morcegos contaminados foram identificados pela Comissão de Defesa dos Animais da Câmara do Rio. A transmissão da raiva pode ser feita também por morcegos e oferece riscos tanto aos humanos quanto ao restante dos animais. Ela pode acontecer por meio principalmente de mordidas, mas também é feita através de arranhões e lambidas.
A infectologista e professora na Universidade Federal da Bahia (UFBA) Jacy Andrade alertou que apesar da raiva ser considerada fatal, ela também é 100% prevenível, e que existe um grupo de humanos ainda com riscos maiores de exposição à doença.
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“Encontramos um grupo muito grande de pessoas sob o risco de adquirir raiva, elas são expostas a animais e diversos mamíferos, como veterinários, cuidadores de animais, agricultores, fazendeiros, quem trabalha em laboratórios, e também quem trabalha em casas de assistência à pets. Essas pessoas estão expostas a mordedura, arranhadura de alguns animais mamíferos e animais de estimação domésticos que podem transmitir a raiva se estiverem contaminados”, afirmou.
Jacy Andrade ressaltou que a orientação para este grupo que possui atividade de risco é que elas se vacinem de acordo com a modalidade pré-exposição (para pessoas que estão sob risco permanente) , e que a prevenção é fundamental para salvar vidas.
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O município do Rio possui 51 unidades de referência para administração de vacina e três unidades de referência para administração do soro antirrábico ou imunoglobulina. Em casos de pós-exposição, a primeira dose do imunizante pode ser aplicada nos primeiros dias após o acidente. A Vacina Antirrábica Humana (VARH) é adquirida pelo Ministério da Saúde através do Instituto Butantã.
Estagiário sob supervisão de Cadu Bruno
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