Tiroteio no Complexo do Chapadão termina com dois mortos; moradora é uma das vítimas
De acordo com testemunhas, Priscila Carmo, moradora do Complexo do Chapadão, foi atingida por um disparo enquanto estava em uma padaria. Ela chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos
Foto de Priscila Carmo, a moradora baleada durante o confronto entre policiais e criminosos no Complexo do Chapadão. - Divulgação
Foto de Priscila Carmo, a moradora baleada durante o confronto entre policiais e criminosos no Complexo do Chapadão.Divulgação
Rio - Um confronto entre policiais militares e criminosos terminou com dois mortos e dois feridos, nesta quinta-feira, no Complexo do Chapadão, na Zona Norte do Rio. Durante o tiroteio, uma moradora, que segundo testemunhas estava em uma padaria, foi atingida por um disparo e morreu antes de chegar a unidade de saúde.
De acordo com a Polícia Militar, agentes do GAT (Grupamento de Ações Táticas) do 41º BPM (Irajá) foram alvejados por criminosos armados enquanto realizavam patrulhamento pela Rua Coronel Moreira César, na Pavuna, na Zona Norte do Rio. Os militares revidaram os disparos e houve confronto.
Com o fim do tiroteio, os militares encontraram três criminosos feridos, no entanto, um deles não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Um quarto suspeito que participou do tiroteio conseguiu fugir. Com o grupo foram apreendidos um fuzil, dois carregadores, uma granada, um simulacro de arma de fogo, dois rádios transmissores e drogas. O caso foi encaminhado para a 39ª DP (Pavuna).
Uma moradora do Complexo do Chapadão, identificada como Priscila Carmo, que segundo testemunhas estava em uma padaria no momento do confronto, acabou sendo atingida por um disparo. Ela foi socorrida pelos militares e encaminhada para o Hospital Estadual Carlos Chagas, junto com os outros dois feridos durante a ação.
Segundo a direção do Hospital Estadual Carlos Chagas (HECC), Priscila já deu entrada na unidade sem vida. A jovem deixa dois filhos. O estado de saúde dos outros feridos é desconhecido.
Nas redes sociais, parentes e moradores lamentaram a morte de Priscila e acusam os policiais de terem confundido a jovem com um traficante devido a forma como se vestia no momento em que foi baleada. Segundo eles, não havia mais confronto quando a mulher foi alvejada.
"Que triste receber essa notícia. Oh, minha comadre, assim ela me chamava", lamentou uma amiga da vítima.
"Só falta dizer que foi bala perdida também. A mulher vai comprar pão quando olha pra rua toma um tiro. Como é isso minha gente. Se fizer manifestação vão dizer que os caras mandaram. Logo a Priscila, uma pessoa tão boa e legal. Vamos acorda chapadão. Acorda povo. Queremos paz", escreveu um morador nas redes sociais.
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A Secretaria de Estado de Polícia Militar informou que, a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) foi acionada para registro do caso. Em paralelo às investigações da Polícia Civil, o comando do 41º BPM instaurou um Inquérito Policial Militar para averiguar as circunstâncias do fato.
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