Sardinha seria braço direito de TanderaDivulgação

Rio - O criminoso Denys Cleberson da Silva, conhecido como Sardinha, foi preso nesta quinta-feira por agentes da 17ªDP (São Cristóvão), em cumprimento a um mandado de prisão preventiva por duplo homicídio qualificado praticado por milícia. De acordo com as investigações iniciadas na 56ª DP (Comendador Soares), ele seria integrante da organização criminosa chamada de “A firma”, grupo que domina as áreas de Nova Iguaçu e Zona Oeste, antes liderada por Ecko, morto no dia 12 de junho deste ano, em uma operação policial idealizada para prendê-lo.
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Durante as investigações, a polícia constatou que Sardinha atraiu dois jovens para um encontro. Ao chegarem no local, com outros membros da organização criminosa, a dupla foi capturada e levada para um local afastado, onde os dois foram espancados e torturados até a morte. O crime teria ocorrido pois um dos jovens teria testemunhado o padrasto estuprando sua irmã de apenas 15 anos de idade. Após ter contado para os familiares sobre o crime cometido pelo padrasto, o homem pediu a Sardinha matasse a única testemunha do ocorrido.
O segundo jovem teria sido assassinado acusado de ser usuário de maconha, o que teria sido suficiente para que a milícia ordenasse sua execução. Denys ainda teria ordenado a outro criminoso que ocultasse os corpos dos jovens. Os familiares dos dois jovens assassinados, moradores da região, foram obrigados a fugir do bairro, pois as mães dos rapazes procuraram a polícia e denunciaram os assassinatos.

O miliciano seria ainda o responsável direto pelo setor armado da milícia, voltado à segurança e controle, em Nova Iguaçu. O grupo é denominado de GAT, em alusão ao Grupo de Ações Táticas da Polícia Militar. Sardinha  atuava como o principal responsável pelo controle do domínio principalmente dos bairros do KM 32, KM 34 e Jardim Guandu.

O criminoso era conhecido pela população pelo terror imposto aos moradores. Sempre visto em grupo, fortemente armado e extremamente violento ele também é acusado de diversos assassinatos e torturas ocorridas na área. Sardinha também se tornou braço direito do miliciano Tandera, atual líder da organização criminosa em Nova Iguaçu.
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De acordo com a Polícia Civil, Sardinha apresenta uma vasta ficha de antecedentes criminais, possuindo ainda outro mandado de prisão em aberto por um roubo cometido antes de integrar a milícia.

Com o miliciano foram apreendidos uma pistola Glock calibre .40 com kit rajada, uma farda réplica da utilizada pela Polícia Militar, com o nome de guerra “Sarda”, em referência a seu apelido. Além disso, foram apreendidas duas espadas, as quais também eram utilizadas como forma de impor o terror na população local.