Quem quiser pode ajudar um bichinho na Suipa Luciano Belford/Agência O Dia
Suipa promove 'cãominhada' para arrecadar doações e remédios em Copacabana
Com dívida de R$ 54 milhões, ONG corre risco de fechar as portas
Rio - A Sociedade União Internacional dos Animais (Suipa) promoverá, neste domingo, uma caminhada na orla de Copacabana, Zona Sul. Na "Cãominhada", a ONG de proteção animal mais antiga do país irá arrecadar doação de ração e medicamentos para os mais de dois mil animais abrigados, além de pedir a anistia das dívidas, que já somam mais de R$ 54 milhões.
A caminhada irá se concentrar, às 10h, em frente ao Copacabana Palace. A organização pede que os apoiadores usem camisa branca e levem seus animais de estimação para um passeio. “A obrigação constitucional é do poder público, mas quem cuida dos animais abandonados nas ruas são as ONGs de proteção animal como a Suipa. Sem nós haveria muito mais animais nas ruas. Precisamos de apoio.” apela Marcelo Mattos, presidente da Suipa.
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Em agosto, a direção da Suipa pediu ajuda à Comissão de Saúde Animal da Câmara dos Vereadores para manter as portas da instituições abertas. Apesar do número de pessoas interessadas em fazer doações para a ONG, Marcelo Mattos reitera a necessidade da ajuda financeira do poder público.
“Agradecemos a todos os que têm colaborado porque o apoio da sociedade civil é fundamental para a nossa sobrevivência, mas precisamos contar também com o suporte do poder público. Queremos que nossa dívida com a União seja anistiada porque sem isso nosso déficit mensal é gigantesco. Estamos confiantes de que a mobilização popular pode nos ajudar a vencer mais esse desafio”, afirmou.
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Presidente da comissão, o vereador Dr. Marcos Paulo (Psol) defendeu a criação de um programa de apoio permanente para ajudar ONGs de proteção animal. “Sabemos que a pandemia agravou muito o abandono de animais, a prefeitura não resgata esses animais, e todas as ONGs e abrigos enfrentam superlotação e dificuldades financeiras. Só na Suipa são mais de dois mil cães e gatos abrigados, que precisam ser alimentados, medicados e cuidados todos os dias, um número três vezes superior ao de animais que vivem no abrigo público municipal do RJ. O poder público precisa apresentar soluções concretas para manter as portas abertas da Suipa e das outras instituições, que fazem o trabalho essencial que prefeitura e estado não dão conta de prover”, disse.
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