Passageiros relatam aglomeração e descaso nos trens da Supervia nesta segunda-feira WhatsApp O Dia
Passageiros reclamam de aglomeração e intervalos irregulares nos trens da SuperVia
Trens circulam com atrasos em três ramais; em Belford Roxo, intervalo é de uma hora
Rio - A vida de quem depende do transporte público para trabalhar no Rio de Janeiro não é fácil. Os atrasos nas chegadas e partidas dos trens da SuperVia atingiram três ramais diferentes na manhã desta segunda-feira, por conta de furto de cabos de sinalização. Nas redes sociais, diversos passageiros reclamaram dos problemas e das estações lotadas.
"Fica difícil trabalhar assim hein, porque o trem anda a 1km. Isso é sacanagem", disse um usuário. "Poderiam avisar na estação! Está lotada de gente aglomerada esperando o Campo grande. Somos todos palhaços", indignou-se outro. "Qual o problema do ramal Saracuruna?? Estação de Gramacho tá lotada como sempre em plena segunda feira. Não temos uma semana de paz meu Deus. E olha que teve manutenção ontem", reclamou mais um.
Segundo a Supervia, os ramais de Japeri e Santa Cruz operaram com atrasos durante parte da manhã, mas já foram normalizados. Já o ramal de Belford Roxo voltou a operar após mais de sete horas de viagens com intervalos irregulares, por conta de furtos de cabos na linha.
Ao longo da semana passada, a concessionária sofreu com diversos furtos de cabos de sinalização. Uma passageira, então, resolveu questioná-los em relação a esse problema que constantemente afeta o transporte.
"Por que vocês, para evitar roubo de cabos, não colocam eles (os cabos) por terra? No Metrô não tem problemas com roubo de cabos".
Em resposta, a concessionária disse: "Entendemos a sua insatisfação. Estamos atuando, com a máxima atenção e seriedade que o assunto exige, para reduzir os impactos operacionais e, principalmente, obter uma atuação urgente do poder público no combate definitivo a esse crime".
A SuperVia informou que apenas no primeiro semestre deste ano os furtos de cabos e de grampos que fixam os dormentes aos trilhos impactaram 2.400 viagens, somando mais de 233 horas de atrasos.
"A concessionária ressalta que, de acordo com o contrato de concessão, a segurança pública nos trens e estações é uma atribuição do Governo do Estado, que atua por meio dos seus órgãos policiais. Os agentes da SuperVia não têm poder de polícia, mas realizam rondas permanentes e acionam a polícia sempre que necessário. Por vezes, essa parceria resulta em detenções ou prisões de criminosos".
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