PM faz megaoperação em áreas dominadas pela milícia em Santa Cruz e Nova Iguaçu
Ações aconteceram nas comunidades do Antares, Rola, Jesuítas e Manguariba, na Zona Oeste, e no Grão Pará, KM 32 e no Conjunto da Marinha, na Baixada Fluminense
Em novembro, PM já havia feito operação em comunidades dominadas pela milícia, em Santa Cruz - Reginaldo Pimenta / Agência O Dia
Em novembro, PM já havia feito operação em comunidades dominadas pela milícia, em Santa CruzReginaldo Pimenta / Agência O Dia
Rio - A Polícia Militar realizou, nesta sexta-feira (17), megaoperações de combate à milícia em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, e em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Na favela do Antares a ação foi realizada pelo Batalhão de Choque (BPChoque). O Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) esteve na comunidade do Rola e o 27º BPM (Santa Cruz) nas localidades de Jesuítas e Manguariba. Não houve ocorrências de prisões ou apreensões.
Em Nova Iguaçu, a operação do 20º BPM (Mesquita) e do Batalhão de Ações com Cães (BAC) ainda acontece nas comunidades do Grão Pará, KM 32 e no Conjunto da Marinha, também para coibir a atuação de grupos de milicianos que atuam na região. Até o momento, não há informações sobre prisões ou apreensões em nenhuma das ações realizadas.
Policiais do #BOPE, do #BPCHq e do #27BPM estão realizando uma operação em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, na manhã desta sexta-feira (17). Fique atento (a)!
Até junho, Wellington da Silva Braga, o Ecko, miliciano mais procurado do Rio, era quem dominava o bairro. Mas desde sua morte, essas áreas passaram a ser disputadas por grupos rivais: o irmão de Ecko, Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, ficou com a maior parte delas. Outras regiões foram invadidas por Danilo Dias Lima, o Tandera, desafeto de Ecko.
A disputa entre os dois maiores grupos de milicianos do Rio também se estende a outros municípios. Na quarta-feira (15), milicianos entraram em confronto no centro de Seropédica, na Baixada Fluminense. Segundo denúncias de moradores, criminosos comandados por Zinho invadiram pontos de comércio da cidade que até então eram controlados por Tandera.
A cada prisão, o diretor do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE), delegado Felipe Curi, explicava que, para além das prisões, as atividades econômicas dos grupos estavam sendo atingidas, com o corte de serviços explorados pelos grupos, por exemplo. O prejuízo estimado é de mais de R$ 2 bilhões. Curi apontou ainda um outro efeito das prisões: a diminuição de homicídios.
"Nesse trabalho de você prender o miliciano, você está agindo diretamente no combate aos homicídios. Prendemos pessoas que eram responsáveis diretas pelas execuções da milícia, que a gente chama de matador da milícia, pessoas que eram do escritório do crime, que puxam guerra com o tráfico, e isso gera homicídios. Tiramos essas pessoas de circulação".
Entre as principais prisões da força-tarefa está a do miliciano Edmilson Gomes, o Macaquinho, em agosto. A polícia conseguiu identificar que ele lucrava, pessoalmente, R$ 400 mil por mês acharcando moradores e comerciantes das zonas Oeste e Norte. Em junho, o miliciano Wellington da Silva Braga, o Ecko, foi morto ao reagir. Ele era, então, o líder da maior milícia do Rio.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.