Força-tarefa destrói 12 construções irregulares na MuzemaFoto: Divulgação / Seop

Rio - A força-tarefa da Secretaria de Ordem Pública (Seop) e do Ministério Público destruiu, nesta segunda-feira, 12 construções irregulares na Muzema, Zona Oeste do Rio. O grupo também desfez furtos de água e luz, além de ter apreendido 80 metros de fios e cabos. As investigações apontam que as obras pertencem à milícia que atua no local
“O foco da operação de hoje foi na preservação de vidas, na retomada da ordem pública e, naquilo que é atribuição do município, asfixiar o crime organizado. A Prefeitura do Rio não vai tolerar a construção em áreas públicas e a exploração de pessoas nessas regiões sob influência do crime organizado. Vamos intensificar ainda mais as operações esse ano de 2022”, destacou o secretário de Ordem Pública, Brenno Carnevale.


A força-tarefa demoliu três lava-jatos, uma oficina, uma igreja, um quiosque, um restaurante, um estacionamento e uma estrutura em fase de fundação, que ficava em um condomínio de luxo da região. No fim da operação, as equipes desfizeram 34 ligações clandestinas de energia e nove de água. Foram apreendidos 80 itens, como cadeiras, mesas e carrinhos de carga e 80 metros de fios e cabos. Na ação, nove veículos foram removidos por estacionamento irregular.  
“Nesse terreno passa uma rede de transmissão de energia e é ilegalizável qualquer tipo de construção, e aqui havia até uma igreja, pondo em risco a vida de muitas pessoas. Vamos continuar combatendo as irregularidades e estabelecendo a ordem em Jacarepaguá”, reforça a subprefeita de Jacarepaguá, Talita Galhardo.
De acordo com o MPRJ, todas as construções, erguidas em área pública, pertencem ao miliciano Emerson Portela Claudino, conhecido como 'Missinho', preso pela Polícia Federal no dia 21 de dezembro, em Rio das Pedras, também na Zona Oeste. O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) aponta que a construção irregular de imóveis é uma das maiores fontes de renda da milícia que atua na região. Uma das casas de luxo usadas pela organização criminosa era de Rony Peçanha de Oliveira, policial militar que foi preso em dezembro de 2020. Na época, ele foi acusado de atuar como segurança dos chefes do grupo criminoso, segundo informações do RJTV.

A ação contou também com representantes da Guarda Municipal, da Secretaria de Conservação, Light, Cedae, Comlurb, Coordenadoria de Controle Urbano (CCU), Gerência Fiscalização de Estacionamento e Reboque (GFER), além do Comando de Policiamento Ambiental da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro.