A quadrilha de Boy utiliza um sistema sofisticado para simular atendimentos bancários e convencer as vítimas a repassar dados pelo celular Divulgação / Polícia Civil
Em uma conversa com os agentes, Boy negou envolvimento com a quadrilha da blogueira Anna Carolina de Sousa Santos, de 32 anos, presa em agosto do ano passado. No entanto, para os investigadores o modo como as golpistas agiam na Cidade do Rio é bem parecido com o método usado pela quadrilha de Boy.
As mulheres se passavam por operadoras de administradoras de cartão de crédito e forjavam uma situação, afirmando que as vítimas clientes tiveram seus cartões clonados.
Liderava outro grupo de mulheres
Boy começou a ser investigado no final de 2020, após a prisão de 12 mulheres que integravam um dos núcleos do bando, em um condomínio, também na Zona Oeste. A quadrilha induzia as vítimas a repassar dados bancários e entregar cartões de crédito a motoboys.
De acordo com os agentes, a estimativa é que a organização criminosa lucrava entre R$ 600 mil a R$ 1 milhão por mês.
Uma das suspeitas de integrar a quadrilha é a filha caçula do cantor Belo, Isadora Alkimin Vieira, de 21 anos. A estudante de Odontologia foi presa junto com as outras 11 suspeitas, mas foi solta um mês depois e responde ao processo em liberdade.
Boy já foi preso, pelo menos, duas vezes em São Paulo, acusado de estelionato, lavagem de dinheiro e associação ao tráfico de drogas. Na época, a sua quadrilha estava ligada ao Primeiro Comando da Capital, o PCC.
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