A quadrilha de Boy utiliza um sistema sofisticado para simular atendimentos bancários e convencer as vítimas a repassar dados pelo celular Divulgação / Polícia Civil

Rio - A Polícia Civil vai apurar se Felipe Boloni Alves Rosa, conhecido como Boy ou Professor, apontado como chefe da maior quadrilha de golpes bancários do Rio, também liderava o grupo de uma blogueira que praticava golpes com cartão de crédito na Zona Oeste. Felipe foi preso, na última quinta-feira (6), por policiais da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) em uma mansão de luxo na Barra da Tijuca.

Em uma conversa com os agentes, Boy negou envolvimento com a quadrilha da blogueira Anna Carolina de Sousa Santos, de 32 anos, presa em agosto do ano passado. No entanto, para os investigadores o modo como as golpistas agiam na Cidade do Rio é bem parecido com o método usado pela quadrilha de Boy.

As mulheres se passavam por operadoras de administradoras de cartão de crédito e forjavam uma situação, afirmando que as vítimas clientes tiveram seus cartões clonados.


Liderava outro grupo de mulheres

Boy começou a ser investigado no final de 2020, após a prisão de 12 mulheres que integravam um dos núcleos do bando, em um condomínio, também na Zona Oeste. A quadrilha induzia as vítimas a repassar dados bancários e entregar cartões de crédito a motoboys.

De acordo com os agentes, a estimativa é que a organização criminosa lucrava entre R$ 600 mil a R$ 1 milhão por mês.

Uma das suspeitas de integrar a quadrilha é a filha caçula do cantor Belo, Isadora Alkimin Vieira, de 21 anos. A estudante de Odontologia foi presa junto com as outras 11 suspeitas, mas foi solta um mês depois e responde ao processo em liberdade.

Boy já foi preso, pelo menos, duas vezes em São Paulo, acusado de estelionato, lavagem de dinheiro e associação ao tráfico de drogas. Na época, a sua quadrilha estava ligada ao Primeiro Comando da Capital, o PCC.