Trem da SuperViaHenrique Freire/SuperVia

Rio - Com o aumento do número de casos de Covid-19 no Rio, a direção da SuperVia informou ao governo do Estado que precisou afastar 110 funcionários com sintomas ou diagnóstico positivo para a doença. O número equivale a praticamente 10% dos funcionários da concessionária.
Em carta enviada ao secretário estadual de Transportes, André Luiz Nahass, na última sexta-feira, 15, a empresa ressaltou preocupação com os impactos que a situação pode ocasionar na continuidade do transporte ferroviário. 
O ofício, escrito pelo diretor-presidente da SuperVia, Antonio Carlos Sanches, pede que a Secretaria de Estado de Transportes (Setrans) avalie urgentemente a possibilidade de uma rotina de testagens para os profissionais da empresa.
Em nota, a concessionária também afirma que o esgotamento dos testes nas redes de saúde pública e particular atrasa o retorno dos colaboradores que foram afastados, e que a maior quantidade de casos foi registrada entre as equipes que trabalham nas estações e os maquinistas.

“A SuperVia segue em contato com o poder público para que se encontre uma forma de ampliar a testagem dos seus colaboradores a fim de mitigar os efeitos da propagação da covid-19 sobre a regularidade e continuidade do serviço dos trens”, destaca o texto. Os funcionários afetados atuam em contato diário com uma média de 350 mil passageiros.
Segundo a SuperVia, desde o início da pandemia, a utilização de máscaras e álcool em gel foram medidas adotadas para evitar a proliferação da doença entre os trabalhadores, mas a ação não vêm sendo capaz de frear totalmente a propagação de casos da nova variante.

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES), entre os dias 7 e 15 de janeiro, cerca de 15.757 testes de Covid-19 foram realizados no estado do Rio. Destes, 5.598 tiveram resultado positivo para a doença, o que representa uma taxa de positividade de 35,5%. Nas duas primeiras semanas do ano, mais de 69 mil casos foram confirmados no Rio de Janeiro, número que supera os últimos três meses de 2021, quando 63 mil pessoas foram contaminadas.