Policiamento no Quiosque Tropicália, onde o Congolês foi morto na Barra da TijucaFabio Costa / Agência O Dia

Rio - O prefeito do Rio, Eduardo Paes, recebeu, nesta terça-feira, a família do congolês Moïse Mugenyi Kabamgabe, assassinado na orla da Barra da Tijuca, na Zona Oeste da cidade, no último dia 24. O encontro foi realizado na sede da Prefeitura do Rio, na Cidade Nova. Em seu gabinete, Paes prestou solidariedade à mãe do rapaz, Ivone Lotsove, aos irmãos dele, Djojo e Kevin Lay, e a outros familiares e amigos.
"Gostaria de pedir desculpas em nome da população da minha cidade e, até mesmo, da população brasileira. Todos nós estamos indignados com o que aconteceu. Estamos do lado de vocês. Este não é um retrato do povo brasileiro. A Prefeitura do Rio não vai poupar esforços para auxiliá-los no que precisarem. Vamos apoiar vocês para que se faça justiça e esse crime não passe impune", disse o prefeito.
Além disso, Paes colocou a estrutura da Prefeitura do Rio à disposição dos familiares para que recebam todo o apoio necessário. Estiveram presentes no encontro os secretários de Assistência Social, Laura Carneiro; de Cidadania, Renato Moura; e de Ordem Pública, Brenno Carnevale.
Prefeitura suspende alvará dos quiosques
A Prefeitura do Rio, por meio das secretarias de Fazenda e Planejamento (SMFP) e de Ordem Pública (SEOP), suspendeu a licença do alvará de funcionamento dos quiosques 62 A e 62 B (Tropicalia Bar e Lanchonete LTDA), localizados na Avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, até que sejam apuradas as responsabilidades sobre a morte de Moïse Kabamgabe, vítima de agressão no último dia 24 de janeiro.
Tendo em vista que o crime ocorreu nas imediações dos quiosques alcançados pelo contrato de concessão firmado entre o município do Rio e a Orla Rio, a prefeitura informa também que notificou a concessionária para que garanta a restrição temporária de funcionamento dos estabelecimentos.
Os quiosques já foram notificados na tarde desta terça-feira (12). A interdição tem o objetivo de garantir a proteção da população local e se manterá em vigor até que seja verificado o atendimento das condições de segurança para reestabelecimento das atividades, em obediência às determinações previstas no termo de permissão de uso do local.
Em seu perfil oficial no Twitter, a vereadora Tainá de Paula, do Partido dos Trabalhadores (PT), disse que irá enviar um ofício à Prefeitura do Rio pedindo a quebra de sigilo das investigações sobre o caso.