Durval Teófilo foi morto por militar ao entrar na sua própria casa em condomínio em São GonçaloReprodução

Rio - Aurélio Alves Bezerra, sargento da Marinha que matou seu vizinho Durval Teófilo Filho, de 38 anos, a tiros na Rua Capitão Juvenal Figueiredo 1520, no Colubandê, em São Gonçalo, na noite desta última quarta-feira (2), responderá por homicídio culposo, que é quando não há intenção de matar. De acordo com as primeiras informações, Aurélio teria confundido Durval com um bandido.
A vítima chegou a ser socorrida pelo atirador, deu entrada no Hospital Estadual Aberto Torres às 23h26, mas não resistiu aos ferimentos. 
À Polícia Militar, Aurélio alegou que chegava em casa quando avistou um homem se aproximando de seu veículo "muito rápido". O militar afirmou ainda ter atirado três vezes contra Durval.
Pedido de Justiça
Após o acontecimento, o tio da vítima, Jorge Luiz pediu justiça emocionado na tarde desta quinta-feira no Instituto Médico Legal de São Gonçalo. Os parentes rechaçam a versão do militar Aurélio Alves Bezerra, que alegou que pensou que Durval cometeria um assalto. 
"Ele (Durval) nem olhou o carro do cara. Ele botou a mão na mochila para pegar a chave e abrir o portão da casa dele. Isso é racismo. Acham que o cara negro e não pode morar em certo tipo de lugar. Isso não existe. Fica meu pedido que a Justiça seja feita. Que ele pague pelo que ele fez", cobrou.
Imagens do circuito do sistema de segurança mostram o momento em que Durval chega e abre a mochila. Na sequência, de dentro do carro Aurélio efetua disparos contra a vítima. O militar desembarca e atira mais contra Durval, que já estava caído no chão.
Atenção: Imagens são fortes