O assassinato bárbaro de Moïse Mugenyi Kabagambe motivou a ação da FNAReginaldo Pimenta / Agência O Dia

Rio - A Frente Nacional Antirracista (FNA), representada pela coordenadora e advogada, Tamires Sampaio, entrou com uma representação no Ministério Público do Trabalho (MPT) para a ampliação da investigação das condições de trabalho em todos os quiosques da orla da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. A entidade protocolou a ação neste sábado, motivada pela morte do congolês Moïse Kabagambe, espancado até a morte depois de cobrar diárias atrasadas no quiosque Tropicália.
Cerca de 60 entidades do movimento no Rio de Janeiro, em especial a de imigrantes e da população negra assinam a petição. O objetivo, segundo a FNA, é cobrar explicações, providências e evitar que novos casos como este aconteçam.
A FNA também esteve presente na manifestação deste sábado, em frente ao quiosque onde Moïse foi morto. O ato é organizado pela comunidade congolesa. O rapaz morava no Brasil porque sua família fugiu da guerra em seu país. Ele foi amarrado, espancado, torturado e morto no último dia 24.
"É um absurdo que no Brasil, um país construído e erguido por irmãos nascidos ou descendentes da Mãe África, tenha acontecido uma brutalidade dessas com um irmão. Não podemos nos calar. Queremos justiça por Moïse", disse Tamires.
Além do Rio de Janeiro, a FNA também esteve presentes em atos cobrando justiça pela morte de Moïse em cidades como São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Brasília, Natal, entre outras.