Jurema Alvares Pinto, de 66 anos, estava a caminho do trabalho quando foi mortaReprodução do Facebook

Rio - A diarista Jurema Alvarez Pinto, de 66 anos, foi morta com um tiro no peito a poucos metros de uma companhia destacada da Polícia Militar na Cidade de Deus, Zona Oeste do Rio, na manhã desta segunda-feira. Em entrevista ao RJTV 2, o filho da idosa, Marcelo Álvarez, contou que os policiais só souberam do ocorrido depois que ele foi até os militares. Ele dirigia o veículo no momento em que a mãe foi atingida pelo disparo.
Disparo atingiu o para-brisa do carro dirigido pelo filho da diarista - Reprodução
Disparo atingiu o para-brisa do carro dirigido pelo filho da diaristaReprodução
O filho contou ainda que estava acostumado a passar por lugares considerados perigosos e que nunca tinha passado pela sua cabeça vivenciar uma tragédia dessa. "A gente estava vindo normal, como a gente passa ali sempre, de repente chega na praça e a gente escuta barulho de disparo. Nessa, o sinal fechou e vimos os carros parados na outra via e vimos homens armados passando e dando tiro. Paramos ali e fiquei parado no sinal. Tiro pra cá, tiro pra lá. Escuto estilhaço batendo no meu rosto e eu olho pra mim e caramba atingiram meu carro", relembrou ele ao RJTV.
A Polícia Civil informou que a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) já apura as circunstâncias que levaram a morte da idosa. Mais cedo, pouco após a morte, agentes já realizavam diligências na localidade.
Até o momento não há informações sobre o horário e local do enterro de Jurema.
O caso
A idosa estava na carona do carro do filho passando pela via que margeia a comunidade. O disparo teria sido efetuado por traficantes que transitavam pela via no momento. Em relato feito aos PMs, o filho da vítima teria dito que ouviu muitos tiros e viu traficantes atravessando a rua.
Após ouvir sons de tiros, ele viu que um dos disparos perfurou o para-brisa e atingiu sua mãe. O veículo estava na altura do número 1850, da Rua Edgard Werneck, próximo à UPA. O filho ainda conseguiu dirigir até a unidade de saúde, onde Jurema recebeu os primeiros atendimentos. A idosa não resistiu ao ferimento e morreu no local.
Jovem é baleado na cabeça ao entrar por engano na Cidade Alta
Há cinco dias internado em estado grave, Caio Douglas Nascimento, de 17 anos, também foi vítima da violência na cidade do Rio. O jovem foi baleado na cabeça ao entrar errado na Cidade Alta, em Cordovil, Zona Norte do Rio. Assim como Jurema, Caio também estava em um carro, quando sua mãe entrou por engano em uma das ruas de acesso à comunidade, e traficantes dispararam contra o veículo.
Até o domingo (6), o estado de saúde dele era considerado grave.