Familiares de Yago realizam manifestação na frente de presídio em BenficaFabio Costa/Agência O Dia
Na decisão, o juiz Antonio Luiz da Fonsêca Lucchese levou em consideração a manifestação do delegado que está à frente do caso, que colocou em dúvida a participação de Yago nos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico, por não existir conflito nas versões apresentadas em depoimento por ele e pelos policiais militares que realizaram a prisão, já que a bolsa com drogas estaria com o menor e ainda não foi apurada ligação entre os dois.
"No que diz respeito à conversão da prisão em flagrante em preventiva, entende este magistrado que a prisão não se mostra necessária, adequada ou proporcional (...) não há a gravidade em concreto para se justificar a prisão neste momento. Assim, tudo indica que a sua liberdade não representa risco à sociedade, à ordem social, às testemunhas ou à integridade física de vítimas", declarou o magistrado.
Na manhã desta terça-feira, familiares aguardavam pela audiência de custódia e realizaram uma manifestação pedindo sua liberdade, na porta da Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, também na Zona Norte, onde ele está preso. Com a liberdade concedida, parentes continuam no local aguardando pela soltura do jovem.
A Polícia Civil, inicialmente, pediu a conversão da prisão em flagrante, para preventiva. Mas reviu a decisão após reconhecer que há "dúvida razoável" sobre a prática de crime por parte de Yago. Os policiais disseram em conversa informal que ele "talvez estivesse no lugar errado na hora errada".
Ainda de acordo com a nota, "o próprio delegado de plantão, verificando dúvida razoável da participação de Yago na ocorrência, solicitou e representou à Justiça pela soltura do jovem para que os fatos sejam melhor investigados dentro deste inquérito policial."
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