De óculos escuro e máscara rosa, Luziane Teófilo, viúva de Durval, assassinado pelo o vizinho, deixa a delegacia de homicídios, depois de depor. Fabio Costa/ Agência O Dia

Rio - Familiares e amigos de Durval Teófilo se reúnem neste sábado (12) para realizar uma manifestação para cobrar explicações sobre o assassinato do repositor de supermercado. O protesto acontece na Praça Estefânia de Carvalho, conhecida como Praça do Zé Garoto, no Centro de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio. A vítima foi morta na noite do dia 2 de fevereiro, após ser atingida por três tiros pelo sargento da Marinha, Aurélio Alves Bezerra, quando chegava no condomínio onde ambos moravam, no bairro do Colubandê.

Nesta quinta-feira (10), a viúva de Durval, Luziane Teófilo, prestou um novo depoimento na Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI), que investiga o caso. Na oitiva, além de lembrar os acontecimentos da noite do crime, também denunciou possíveis ameaças que vem sofrendo desde o assassinato do marido, motivo pelo qual deixou a casa onde a família vivia. "Eu não me sinto segura lá", lamentou Luziane.

De acordo com a defesa da família da vítima, está prevista para a próxima terça (15) ou quarta-feira (16) a realização de uma reprodução simulada do crime. Em seguida, o delegado titular da investigação deve finalizar a investigação e encaminhar o inquérito para o Ministério Público do Rio (MPRJ) oferecer denúncia para o juízo competente. O militar responderá por homicídio doloso.
O sargento da Marinha do Brasil pode passar por um júri popular. De acordo com o Tribunal de Justiça do Rio, a juíza Myryam Therezinha Simen Rangel Cury, da 5ª Vara Criminal de São Gonçalo, determinou que o militar seja julgado por um Tribunal de Júri. A magistrada declinou para a 4ª Vara Criminal da mesma Comarca, acolhendo o parecer do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).