Ex-policial militar foi assassinado na porte de casa, em Santa CruzReprodução

Rio - A guerra entre grupos de milícias rivais voltou a registrar morte nesta quarta-feira (
23). Na manhã de hoje, um ex-policial militar foi assassinado a tiros, na frente de sua casa, na Rua Projetada G, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio. De acordo com a Polícia Militar, o 27º BPM (Santa Cruz) foi acionado para uma ocorrência de homicídio e encontrou o homem já sem vida.

A Polícia Civil realizou uma perícia no local e o caso foi encaminhado para a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). Denúncias dão conta de que o ex-policial, identificado apenas como Almeida, era responsável pela segurança dos eventos realizados em Santa Cruz e tinha envolvimento com a milícia da região.
O autor da morte de Almeida seria o miliciano conhecido como Nanan, ligado ao maior grupo de milicianos do Rio de Janeiro, comandado por Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho, após a morte de seu irmão, Wellington da Silva Braga, o Ecko, no ano passado.

Na noite do último domingo (20), um homem identificado como Edivaldo Barbosa da Costa Neto, de 41 anos, foi morto por mais de 50 tiros, em Campo Grande, também na Zona Oeste, quando saía de um salão de festas. A vítima seria parte do bonde de Zinho e responsável por cuidar das vans da região. Perto dali, na Estrada Guandu Sapê, outro homem foi morto a tiros poucas horas depois. Ele não teve a identidade revelada

No sábado (19), o miliciano Vladimir Melgaço Montenegro, mais conhecido como Bibi, foi executado a tiros dentro de um carro, na Comunidade dos Jesuítas, em Santa Cruz. Ele também era integrante do grupo de Zinho. No local, cerca de quatro veículos foram metralhados. Além de Bibi, uma mulher identificada como Marianna Jaime Costa, também morreu. Outras três pessoas, que não tiveram suas identidades reveladas, foram baleadas.

Atualmente, Santa Cruz, Campo Grande, Cosmos, Inhoaíba, Paciência e regiões da Baixada Fluminense estão sob o domínio de Zinho, irmão de Ecko. Já as regiões de Seropédica e Itaguaí, na Região Metropolitana, ficaram sob a liderança do principal rival de Ecko, Danilo Dias Lima, o Tandera. Os dois líderes dos grupos criminosos travam uma disputa pelo domínio da região de Santa Cruz, Campo Grande e Paciência.

Na noite de segunda-feira (21), agentes da Delegacia de Repressão a Ações Criminosas Organizadas (DRACO-IE) prenderam o miliciano conhecido como Bradock. Ele foi localizado em uma churrascaria de luxo na Barra da Tijuca. Segundo a especializada, Bradock seria braço direito de Tandera. Segundo a Draco, tanto a Zona Oeste, quanto a Baixada Fluminense, estão sendo monitoradas diariamente, com o objetivo de enfraquecer e liquidar organizações criminosas que atuam nessa região.