Repórter é intimidada ao vivo por dois homens em terminal do BRTReprodução Twitter

Rio - Uma repórter do SBT foi intimidada ao vivo, nesta sexta-feira, por dois homens sem identificação no terminal Alvorada do BRT, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Branca Andrade estava no local para fazer uma reportagem sobre a greve dos motoristas que provocou um caos na vida da população carioca que precisava do transporte público. 
"A gente estava à caminho da passarela para poder entrar ao vivo e dar o serviço para a população", disse a jornalista para Isabele Benito, apresentadora do SBT Rio. "Olha só, o senhor está no ar agora, o senhor me dá licença. O senhor está atrapalhando o meu trabalho", continuou Branca, enquanto o homem andava na frente da câmera, cercando a repórter.
 
"Eu estou aqui para mostrar que o BRT parou de funcionar essa madrugada e a população está sem conseguir embarcar. Nesse momento nós estamos sem liberdade de expressão, estamos cerceados aqui, como você pode ver, Isabela".
Nesse momento, a repórter, nervosa com a situação, pediu para o homem se afastar. "O senhor está atrapalhando o meu trabalho, cara. Não é assim que funciona. Estou tentando andar. O meu chefe me pediu para entrar a vivo e eu estava andando", disse ela, quando se aproximou mais um homem, que seguiu fazendo uma barreira em frente da câmera.

Um dos homens pisou no cabo de áudio da jornalista que ficou sem o retorno do estúdio, onde a apresentadora se comunicava com ela. Branca, então, perguntou o nome dos homens, que se recusaram a falar.
Nas redes sociais, o prefeito do Rio Eduardo Paes ficou indignado com a atitude dos dois homens e garantiu que os mesmos não eram funcionários do BRT. "Absurdo! Certamente nenhum desses sujeitos tem qualquer relação com a prefeitura. Já determinei ao secretário de Ordem Pública a devida apuração para que eles possam responder por essa situação". 
Procuramos a Secretaria de Ordem Pública (Seop), que enviou a seguinte resposta: 
“Os agentes do BRT Seguro estão na estação Alvorada mas não conseguiram encontrar os homens que obstruíram o trabalho de uma repórter na tarde de hoje. A Secretaria de Ordem Pública seguirá buscando a identificação dos indivíduos e auxiliando no ordenamento e segurança das estações”.
Entenda a paralisação do sistema BRT
Nesta sexta-feira, os motoristas do BRT iniciaram uma greve em busca melhores condições de trabalho, segurança e um reajuste nos salários. Com isso, muitos passageiros encararam longas filas e aglomerações para conseguirem pegar um ônibus convencional para chegar ao trabalho.
Há três corredores do BRT no Rio, mas apenas o Transoeste operava parcialmente, mas com ônibus regulares e apenas a linha Santa Cruz-Alvorada. "Transcarioca e Transolímpica estão paralisados", disse a prefeitura.
Com a greve, houve muitos registros de aglomerações nas estações e nos pontos das linhas regulares, fora do BRT, que estão circulando normalmente na cidade.
Em nota, a Prefeitura do Rio informou que não recebeu qualquer comunicado, por parte do Sindicato ou qualquer outra liderança, sobre a intenção dessa paralisação ou a pauta de reivindicações. "Portanto, trata-se de uma greve ilegal. A Prefeitura do Rio, por meio da empresa Mobi.Rio, orienta à população que procure outra alternativa de transporte público para se locomover".
A prefeitura montou um plano de contingência e conseguiu manter em operação apenas a linha Santa Cruz x Alvorada, do BRT Transoeste, que é operada por ônibus comum.
Ainda segundo a prefeitura, a presidente da Mobi.Rio, Cláudia Seccin, tentou, "sem sucesso", iniciar uma negociação com os grevistas. "Mas eles se negaram a conversar".
No Twitter, o prefeito Eduardo Paes se manifestou sobre a greve e disse que o movimento é obra dos empresários que faziam parte do consórcio cujo concessão foi caducada.
"Tem empresário de ônibus insatisfeito com a encampação e usando trabalhadores do BRT para tentar reconquistar a concessão. Lamento informar que não serão bem sucedidos. Vamos prosseguir. Estamos trabalhando para restabelecer o sistema", disparou Paes.
O Rio Ônibus repudiou o posicionamento de Eduardo Paes e ressaltou "que a paralisação é uma das consequências do que a inércia e a falta de governança do poder público são capazes de fazer, deixando milhares de passageiros sem ônibus. Mesmo ignorando as necessidades das linhas circulares e investindo milhões no BRT, o sistema vive apenas de promessas não cumpridas há um ano, desde que a Prefeitura assumiu a gestão dos corredores".
Por meio de nota, o Sindicato dos Rodoviários do Rio informou que cerca de 480 motoristas que trabalham nos três corredores do BRT cruzaram os braços nesta manhã. Eles reivindicam que seja realizado um novo contrato que garanta todos os direitos dos funcionários, incluindo férias, 40% do FGTS em caso de demissão, auxílio desemprego, reajuste salarial, ticket alimentação, plano de saúde, pagamento de horas extras, além da contratação dos funcionários que estão afastados pelo INSS.
De acordo com Sebastião José, presidente do sindicato, a entidade também foi pega de surpresa com essa paralisação, já que as negociações estão bem adiantadas.
"As tratativas com a prefeitura está andando, mas claro que ainda existem pontos que precisam ser discutidos, como a demissão dos cerca de 60 funcionários que estavam pelo INSS, que para nós e inadmissível. Que fique claro que nem a prefeitura nem os empresários usarão os profissionais da categoria como massa de manobra", explicou, que ainda completou:
"Essa paralisação do BRT pegou todos nós de surpresa, inclusive o sindicato. A gente só tomou conhecimento da mobilização através de redes sociais ontem à noite. Já procuramos a prefeitura, as negociações estão em aberto e o restante da pauta que foi colocada já está praticamente negociada. Então, o sindicato jamais convocaria uma greve sentado na mesa resolvendo os problemas com a Mobi. Rio que é o que tem acontecendo. Só essa semana nós tivemos três rodadas de negociações e 80% dessa pauta já foi solucionada".
A secretária de Transportes, Maína Celidônio, disse ao 'RJTV', da TV Globo, disse que a questão dos funcionários que estavam afastados pelo INSS e foram demitidos já estava sendo discutida com o sindicato. "São 25 funcionários, que foram convocados para a demissão do consórcio e readmissão na Mobi.Rio, mas que não compareceram. Mas já está certo que ele têm vaga garantida".
Maína falou que a volta para casa vai contar com 250 motoristas e com a operação de alguns ônibus articulados. Segundo ela, 10 motoristas já se comprometeram a voltar ao trabalho.
"É tudo muito esquisito. O sindicato diz que não sabia da greve e nenhum interlocutor apareceu para negociar. Então, estamos ligando para cada motorista, convencendo ele a voltar ao trabalho. Ninguém se apresentou como interlocutor. Então, esses motoristas foram cooptados por alguém que não tem interesse trabalhistas. Todos foram demitidos e recontratados pela Mobi.Rio, os salários estão em dia, com todas as garantias. Não consigo entender essa greve", disse a secretária.
O Centro de Operações Rio (COR) disse que a cidade entrou em Estágio de Mobilização às 06h45, por causa dos problemas na mobilidade. Confira as recomendações:

- Quem puder, evite se deslocar nas regiões atendidas pelo serviço;
- Caso precise se deslocar, opte pelos trens, metrô e ônibus regulares;
- Mantenha-se informado através dos meios de comunicação e canais oficiais do COR.
O porta-voz do Rio Ônibus, Paulo Valente, disse que não tem condições de absorver as demandas extras, mas as empresas de ônibus convencionais estão reforçando a frota de linhas que operam paralelas ao BRT.

"Apesar da crise que o setor está atravessando, que é de ciência da prefeitura, as empresas de ônibus estão tentando colocar o máximo de frota possível pra operar nas linhas que são paralelas aos eixos do BRT.
Tentando atender melhor um pouco a população que realmente hoje vai por grande dificuldade", disse Paulo.
A Polícia Militar informou que os agentes estão posicionados nas estações do BRT, "para garantir a segurança da população e evitar desdobramentos violentos nesta paralisação ilegal".
Há três corredores do BRT no Rio, mas apenas o Transoeste operava parcialmente, mas com ônibus regulares e apenas a linha Santa Cruz-Alvorada. "Transcarioca e Transolímpica estão paralisados", disse a prefeitura.
Com a greve, há muitos registros de aglomerações nas estações e nos pontos das linhas regulares, fora do BRT, que estão circulando normalmente na cidade. 
Em nota, a Prefeitura do Rio informou que não recebeu qualquer comunicado, por parte do Sindicato ou qualquer outra liderança, sobre a intenção dessa paralisação ou a pauta de reivindicações. "Portanto, trata-se de uma greve ilegal. A Prefeitura do Rio, por meio da empresa Mobi.Rio, orienta à população que procure outra alternativa de transporte público para se locomover".
A prefeitura montou um plano de contingência e conseguiu manter em operação apenas a linha Santa Cruz x Alvorada, do BRT Transoeste, que é operada por ônibus comum. 
Ainda segundo a prefeitura, a presidente da Mobi.Rio, Cláudia Seccin, tentou, "sem sucesso", iniciar uma negociação com os grevistas. "Mas eles se negaram a conversar".
No Twitter, o prefeito Eduardo Paes se manifestou sobre a greve e disse que o movimento é obra dos empresários que faziam parte do consórcio cujo concessão foi caducada.
"Tem empresário de ônibus insatisfeito com a encampação e usando trabalhadores do BRT para tentar reconquistar a concessão. Lamento informar que não serão bem sucedidos. Vamos prosseguir. Estamos trabalhando para restabelecer o sistema", disparou Paes.
O Rio Ônibus repudiou o posicionamento de Eduardo Paes e ressaltou "que a paralisação é uma das consequências do que a inércia e a falta de governança do poder público são capazes de fazer, deixando milhares de passageiros sem ônibus. Mesmo ignorando as necessidades das linhas circulares e investindo milhões no BRT, o sistema vive apenas de promessas não cumpridas há um ano, desde que a Prefeitura assumiu a gestão dos corredores".
Por meio de nota, o Sindicato dos Rodoviários do Rio informou que cerca de 480 motoristas que trabalham nos três corredores do BRT cruzaram os braços nesta manhã. Eles reivindicam que seja realizado um novo contrato que garanta todos os direitos dos funcionários, incluindo férias, 40% do FGTS em caso de demissão, auxílio desemprego, reajuste salarial, ticket alimentação, plano de saúde, pagamento de horas extras, além da contratação dos funcionários que estão afastados pelo INSS.
De acordo com Sebastião José, presidente do sindicato, a entidade também foi pega de surpresa com essa paralisação, já que as negociações estão bem adiantadas.
"As tratativas com a prefeitura está andando, mas claro que ainda existem pontos que precisam ser discutidos, como a demissão dos cerca de 60 funcionários que estavam pelo INSS, que para nós e inadmissível. Que fique claro que nem a prefeitura nem os empresários usarão os profissionais da categoria como massa de manobra", explicou, que ainda completou:
"Essa paralisação do BRT pegou todos nós de surpresa, inclusive o sindicato. A gente só tomou conhecimento da mobilização através de redes sociais ontem à noite. Já procuramos a prefeitura, as negociações estão em aberto e o restante da pauta que foi colocada já está praticamente negociada. Então, o sindicato jamais convocaria uma greve sentado na mesa resolvendo os problemas com a Mobi. Rio que é o que tem acontecendo. Só essa semana nós tivemos três rodadas de negociações e 80% dessa pauta já foi solucionada".
O Centro de Operações Rio (COR) disse que a cidade entrou em Estágio de Mobilização às 06h45, por causa dos problemas na mobilidade. Confira as recomendações:

- Quem puder, evite se deslocar nas regiões atendidas pelo serviço;
- Caso precise se deslocar, opte pelos trens, metrô e ônibus regulares;
- Mantenha-se informado através dos meios de comunicação e canais oficiais do COR.
O porta-voz do Rio Ônibus, Paulo Valente, disse que não tem condições de absorver as demandas extras, mas as empresas de ônibus convencionais estão reforçando a frota de linhas que operam paralelas ao BRT.

"Apesar da crise que o setor está atravessando, que é de ciência da prefeitura, as empresas de ônibus estão tentando colocar o máximo de frota possível pra operar nas linhas que são paralelas aos eixos do BRT. Tentando atender melhor um pouco a população que realmente hoje vai por grande dificuldade", disse Paulo.
A Polícia Militar informou que os agentes estão posicionados nas estações do BRT, "para garantir a segurança da população e evitar desdobramentos violentos nesta paralisação ilegal".