Ônibus do BRT estacionados no Terminal Alvorada. Greve de funcionários entra no segundo dia, e prefeito anuncia demissões por justa causaFÁBIO COSTA/AGÊNCIA O DIA

Rio - Ônibus do BRT voltaram a circular parcialmente no início da tarde deste sábado (26). Até o momento, os ônibus articulados estão circulando nas linhas 25 (Alvorada x Mato Alto, parador) e 22 (Alvorada x Jardim Oceânico). Nas áreas desatendidas, a população deverá buscar as linhas convencionais: linha 10 - Santa Cruz x Alvorada-direto; linha 12 - Pingo d'Água x Alvorada direto; linha 20: Santa Cruz x Salvador Allende, expresso e linha 19: Pingo D'água x Salvador Allende, expresso.

No trecho Jardim Oceânico, Alvorada e Taquara as opções são 803, 900, 766 e 954, que atendem os bairros de Jacarepaguá, Barra da Tijuca, Gardênia Azul, Pechincha, Freguesia e Cidade de Deus, o ponto final da linha 565 será estendido temporariamente até o Terminal Paulo da Portela, em Madureira, e fará retorno próximo ao viaduto de Cascadura.

No trecho entre Taquara e Madureira, o usuário tem como opção a linha 636 que está operando até o Merck.
No trecho entre Madureira e Penha, o usuário tem as linhas 721 e 355 como opção. No trecho entre Penha e Bonsucesso, o usuário pode utilizar a linha 313.

Os deslocamentos entre Fundão e Barra podem ser realizados com a linha 616 até Del Castilho e linha 614 até a Barra.
Greve desde sexta-feira (25)
Funcionários do sistema estão em greve desde a sexta-feira (25), com pedidos de reajuste salarial e benefícios. Mais cedo, o Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) concedeu liminar que suspende os efeitos do decreto que deu à Prefeitura do Rio a gestão do modal.
No dia 17, a Prefeitura do Rio decretou a caducidade do contrato de concessão do BRT, encerrando o acordo e dando à Mobi-Rio a administração do sistema. A decisão da juíza Georgia Vasconcellos da Cruz, da 6ª Vara da Fazenda Pública do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ)A decisão liminar da Justiça neste sábado gerou rápida resposta de Eduardo Paes. Via Twitter, ele afirmou que "decisão judicial se respeita e acata, mas nem sempre se entende". Paes escreveu ainda que "suspender a encampação por causa da paralisação é dar razão ao locaute feito por aqueles que destruíram o BRT. Interromper o processo é prolongar o sofrimento das pessoas".
Depois, em entrevista ao 'RJ1', da TV Globo, Paes disse que a liminar "só vai gerar mais confusão", e ressaltou que "quando o BRT estava nas mãos dos empresários o sistema estava sendo dilapidado"., neste sábado, suspende via liminar essa mudança do município. Na decisão, ela menciona "o direito de ampla defesa aos consórcios", "até que sejam concluídas as análises do desequilíbrio econômico-financeiro existente na operação do BRT pelos consórcios e os descumprimentos contratuais por parte do município".
Em outro episódio da novela, a Mobi-Rio, empresa pública que passou a gerir o BRT este mês, anunciou neste sábado (26) que irá demitir por justa causa oito motoristas que estão "liderando o movimento" da greve que começou na sexta-feira (25). Pelas redes sociais, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), disse ter solicitado ao Ministério da Justiça a entrada da Polícia Federal no caso, por indícios de locaute. A greve no BRT já dura mais de 24 horas, e funcionários pedem benefícios como reajuste salarial e férias.
Via Twitter, Paes afirmou ter conversado diretamente com o ministro da Justiça, Anderson Torres, por conta de "indícios de crime federal de locaute", e pediu investigações da Polícia Federal. O locaute acontece quando uma entidade patronal impede seus trabalhadores de cumprirem as atividades. A prática, tratada como crime federal no Brasil, é utilizada em negociações entre empregador e funcionários, ou empresa e poder público.