Rio - O projeto social #VemCer, afiliado do Centro Esportivo Resgate, da comunidade do Dourado, em Cordovil, na Zona Norte do Rio, vai homenagear Cauã da Silva Santos, de 17 anos, no Campeonato Mundial de Grappling, no velódromo da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, no próximo domingo (10). Colegas também integrantes da iniciativa que vão disputar o torneio levarão um banner com a foto do adolescente. O jovem participaria da competição, mas foi morto após ser baleado e jogado em um valão, na noite da última segunda-feira (4).
Apesar do medo provocado pela morte do jovem, os participantes estão sendo incentivados a continuar no projeto, que existe há cinco anos e atende 100 crianças da comunidade. "Muitos (pensaram em desistir). Principalmente os menores, estão chorando, ainda com medo. Os mais próximos do Cauã estão sofrendo muito. Estamos procurando estar próximos e mediar com paz e amenizar os ânimos. Eu compreendo que a situação é terrível, mas a vida precisa seguir. (O projeto) é um caminho, mais uma opção", afirmou Thiago. Em uma nota publicada em suas redes sociais, o #VemCer lamentou a morte do adolescente e cobrou punição dos envolvidos no crime.
"Diante de mais um episódio de violência, que tem se multiplicado na rotina de vida de tantas famílias, reiteramos a necessidade de políticas públicas que assegurem melhores condições e maiores oportunidades para crianças, adolescentes e jovens em nosso país. Continuamos firmes no objetivo de promover condições de inserção social e a transformação de vidas através da prática esportiva, ao alcance de todos. Enquanto cidadãos, esperamos uma atuação imparcial e eficiente dos órgãos competentes, a fim de que haja a correta apuração dos fatos e a rápida aplicação das medidas judiciais cabíveis", diz a nota.
Fragmento de projétil de fuzil no corpo de Cauã
A perícia da Polícia Civil encontrou um fragmento de um projétil de fuzil na cavidade pleural de Cauã. De acordo com o delegado titular da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), Alexandre Herdy, o pedaço da bala já foi encaminhado para a especializada e está sob análise da perícia de balística. Nesta etapa, é realizada a descrição e verificação da viabilidade técnica de submissão do que foi encontrado a confronto balístico.
Em nota, a PM informou que os policiais envolvidos na ação já foram ouvidos pela Delegacia de Homicídios da Capital e pela 1ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM). “As armas da equipe já foram apresentadas à perícia da Polícia Civil e os militares estão afastados do serviço nas ruas”, completou a corporação. A DHC investiga o caso.
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