Advogado passa mal e um dos acusados pela morte de Anderson do Carmo não será julgado nesta terça
Quatro dos nove suspeitos do envolvimento na execução do pastor vão a júri popular nesta manhã
O advogado de André Luiz de Oliveira, Luiz Felipe Alves e Silva, passou mal e o réu não foi julgado nesta terça-feira, no Fórum de Niterói, na Região Metropolitana do Rio - Fábio Costa / Agência O Dia
O advogado de André Luiz de Oliveira, Luiz Felipe Alves e Silva, passou mal e o réu não foi julgado nesta terça-feira, no Fórum de Niterói, na Região Metropolitana do RioFábio Costa / Agência O Dia
Rio - O advogado de André Luiz de Oliveira, Luiz Felipe Alves e Silva, passou mal e o réu não será julgado nesta terça-feira, no Fórum de Niterói, na Região Metropolitana do Rio. Ele é um dos filhos afetivos da ex-deputada federal Flordelis e acusado de envolvimento na morte do pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019, em Pendotiba, em Niterói. Ainda não há uma nova data para a sessão.
Já no dia 9 de maio, o Tribunal do Júri de Niterói irá receber a ex-parlamentar, que é acusada de ser a mandante do crime, além das filhas Simone dos Santos Rodrigues e Marzy Teixeira da Silva, e da neta, Rayane dos Santos Oliveira.
'O caso é matar'
No celular de André Luiz, conhecido como Bigode, a polícia encontrou a seguinte mensagem enviada por Flordelis: "Fazer o quê? Separar dele eu não posso porque poderia escandalizar o nome de Deus. Como a separação não pode, o caso é matar". André foi presoem agosto de 2020.
Na época,o Ministério Público estadual (MPRJ) disse que a ex-deputada usava seu poder religioso para conseguir projeção. "Ela se valia da imagem de uma família unida para enganar as pessoas", disse o promotor Sérgio Luis Lopes Pereira.
André Luiz chegou a ser casado com a irmã afetiva Simone dos Santos, filha biológica de Flordelis. Os dois tiveram três filhos biológicos e dois adotivos.
Na mesma sessão de julgamento, Lucas Cezar dos Santos de Souza, filho adotivo de Flordelis, foi condenado por homicídio triplamente qualificado a nove anos de prisão em regime inicialmente fechado. Ele foi acusado de ter sido o responsável por comprado a arma usada no assassinato do marido da ex-deputada federal.
A advogada afirmou que vai questionar o incriminamento de Flordelis baseado em versões de parte dos seus filhos. "Achamos que esse núcleo de filhos tem interesse em fazer essas alegações", disse. "A maioria dos filhos defende a parlamentar", argumentou.
Janir Rocha seguiu afirmando que a vítima do homicídio cometia abusos na casa. "Vamos demonstrar que tipo de práticas o pastor teve dentro da casa em relação às mulheres. Abusos sexuais, morais e patrimoniais praticados contra Flordelis", completou a advogada.
O advogado da família de Anderson classificou a estratégia da defesa de Flordelis como covarde e negou que Anderson tenha cometido abusos sexuais. Após entrar no plenário, o advogado Ângelo Máximo, assistente de acusação, retornou para acrescentar à imprensa que caso o pastor tivesse cometido abusos, não justificaria ter sido executado.
"Acho a tese da mais covarde a se apresentar ao tribunal do júri atacando a pessoa da vítima que não está aqui para se defender", afirmou Ângelo Máximo.
A defesa da família da vítima acrescentou que as mulheres da casa não citaram abusos sexuais em depoimentos à polícia. "Por mais que houvesse abuso sexual, Flordelis teria participação por omissão, já que era a mãe", ponderou Ângelo Máximo.
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