Flávio Azevedo chegou com o advogado Doulgas AlmeidaSandro Vox

Rio - Uma nova perícia foi feita, nesta terça-feira (26), no carro alegórico que imprensou a menina Raquel Antunes da Silva, de 11 anos, contra um poste, na última quarta-feira, na dispersão do Sambódromo. A avaliação complementar foi pedida pela delegada Maria Aparecida Mallet, titular da 6ª DP (Cidade Nova), de acordo com informações do RJTV, da Globo. A delegada, porém, não deu detalhes sobre o resultado desta nova análise no veículo.
Na nova perícia, conforme o RJTV, os peritos colheram provas consideradas importantes para investigação. No entanto, a delegada preferiu manter essas informações sobre a perícia em sigilo. Também nesta terça-feira, o diretor de carnaval da Escola de Samba Em Cima da Hora, Flávio Azevedo, chegou por volta das 15h para prestar depoimento na 6ª DP (Cidade Nova). A unidade investiga a morte da menina Raquel Antunes da Silva, de 11 anos, depois de ser imprensada entre um carro alegórico da escola e um poste, na noite da última quarta-feira, durante a dispersão dos desfiles.

Acompanhado do advogado que representa a escola, Douglas Almeida, além de quatro seguranças, Azevedo entrou na delegacia sem falar com a imprensa. Além do diretor de carnaval da Escola de Samba Em Cima da Hora, o motorista que rebocava a alegoria, o guia do carro alegórico e o coordenador da dispersão, funcionários terceirizados de uma empresa de guindaste responsável por rebocar o veículo, também prestaram depoimentos.
Já a mãe da menina, Marcela Portelinha, foi ouvida na delegacia nesta segunda-feira (25) e chegou ao local amparada por parentes. O depoimento durou mais de duas horas. Grávida, ela desmaiou quando soube da gravidade do estado de saúde da filha e também quando foi informada sobre a morte. No sepultamento da menina, no último sábado (23), ela se sentiu mal e precisou receber atendimento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência no Cemitério de São Francisco de Paula, no Catumbi, Zona Portuária do Rio.
A menina teve uma perna amputada e ficou internada por dois dias em estado gravíssimo no Hospital Souza Aguiar, no Centro do Rio. Ela morreu na sexta-feira (23). A Polícia Civil investiga o caso como sendo homicídio culposo, quando não há intenção de matar.

A delegada Maria Aparecida Mallet, titular da 6ª DP, disse que testemunhas relataram ter alertado sobre a possibilidade de um acidente no local onde a vítima foi imprensada. Segundo Mallet, as imagens obtidas do momento do acidente serão comparadas com os depoimentos. Até o momento, pelo menos quatro pessoas já foram ouvidas na distrital, entre elas, o motorista de um guincho que içava o carro alegórico. De acordo com Mallet, a Polícia Civil investiga o fato como homicídio culposo, quando não há intenção de matar.