Na foto: Ayend Cristine Hammad e Samy Foaud HammadReprodução/Redes Sociais
Suspeito de matar esposa deixou corpo da vítima trancado dentro do apartamento; DH investiga o caso
Samy Foaud Hammad é chefe da área administrativa do Hospital Municipal Menino Jesus e continua foragido da polícia
Rio - O irmão de Ayend Cristine Hammad, William Belcher, informou, na manhã deste sábado, que está a caminho do Instituto Médico Legal (IML) do Centro para liberar o corpo da irmã, agredida e estrangulada até a morte dentro do apartamento onde morava, no Boulevard 28 de setembro, em Vila Isabel, Zona Norte do Rio.
O crime bárbaro aconteceu na tarde de sexta-feira (29) e o principal suspeito é o próprio marido da vítima, Samy Foaud Hammad, que se encontra foragido da polícia. Ele é chefe da área administrativa do Hospital Municipal Menino Jesus e avisou aos funcionários do setor, por mensagens, que havia assassinado a mulher e deixado a chave na porta do apartamento.
Os funcionários se assustaram com a informação e foram até a 20ª DP (Vila Isabel) para acionar a polícia. Um inspetor da delegacia, o primeiro a chegar no apartamento do casal após o crime, disse que a porta estava trancada com a chave do lado de fora e, ao entrar no local, o imóvel se encontrava revirado e Ayend caída no chão, sem vida. O agente descreveu que o rosto de Ayend estava desfigurado por causa de agressões e com sinais de estrangulamento. O casal tem dois filhos pequenos, sendo um autista, mas eles não estavam no apartamento no momento do crime. Informações iniciais apontam que as crianças estavam na escola.
A perícia foi realizada no local e as investigações estão em andamento na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). Os agentes fazem diligências para localizar o suspeito do crime e esclarecer sua motivação.
Ayend e Samy estavam juntos há pouco mais de seis anos. O irmão da vítima descreveu ela como uma pessoa "de muitos sorrisos, sonhos, amizades e um gênio forte". William pediu ainda por justiça. "Hoje minha irmã, mais quantas mulheres nós iremos perder? Mais quantas mulheres irão virar estatística? Não podemos deixar nada disso impune. Se alguém tiver notícias, denunciem. Compartilhem. Vamos colocar esse verme onde ele merece", pediu.
A vítima estudava pedagogia na UniRio e nas redes sociais dizia ser estagiária da Prefeitura do Rio. Até dezembro de 2021, Ayend cumpria estágio curricular na pasta de Educação da cidade do Rio. A informação consta no Diário Oficial da prefeitura, publicado em setembro de 2021.
Amigos estão em choque com o crime
Nas redes sociais, amigos e vizinhos de Ayend disseram estar em choque com o crime. "Eu não consigo acreditar que isso aconteceu. Ainda tô em choque. Que a justiça seja feita. Ayend sempre foi uma menina/mulher incrível. Feliz, animada, amiga, mãezona..." "Ainda sem acreditar. Isso não pode ficar impune mesmo não, esse covarde precisa pagar pelo que fez. Justiça por Ayend".
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