André Luiz Rocha Guimarães, assassinado no início de janeiro em MaricáFoto: Rede Social

Rio - Um mulher de 25 anos foi presa, nesta terça-feira (17), suspeita de integrar a quadrilha responsável pelo sequestro e morte do motorista de aplicativo André Luiz Rocha Guimarães. Contra a presa, que não teve o nome divulgado, foi cumprido um mandado de prisão por latrocínio (roubo seguido de morte). A suspeita foi encontrada em Maricá, na Região Metropolitana do Rio, após investigação de policiais da 82ª DP (Maricá).
Os agentes rastrearam transferências de dinheiro feitas pelos criminosos e descobriram que os valores foram para a conta da jovem, que é parente de envolvidos no crime. Ainda conforme a Polícia Civil, ela era a única do bando que faltava ser presa, já que os outros integrantes foram mortos por traficantes da comunidade do Salgueiro, em São Gonçalo, em represália.
André Luiz desapareceu no dia 26 de janeiro, depois de uma corrida realizada no bairro de Caxito, em Maricá, onde ele foi encontrado morto três dias depois. Os criminosos fizeram a solicitação pelo aplicativo já com a intenção de roubar o carro da vítima. Na noite após o desaparecimento, o veículo foi encontrado abandonado na BR-101, em um dos acessos ao Complexo do Salgueiro.
A vítima foi localizada sem vida na Estrada do Caxito, onde funcionava um lixão que foi desativado pela prefeitura. Antes de ser levado para o Instituto Médico Legal, o corpo chegou a ser identificado por familiares que foram até local.
Segundo um familiar que preferiu não se identificar, os criminosos ainda teriam dado um golpe na esposa de André Luiz. "Eles falaram com ela na quinta-feira afirmando que ele estava vivo, até mandaram uma foto de um homem amarrado. Os golpistas falaram que devolveriam ele vivo se ela depositasse R$ 400 na conta deles, sendo que R$ 200 seriam antes e os outros R$ 200 quando ela se encontrasse com eles no Colubandê, em São Gonçalo, onde a vítima supostamente seria devolvida. Assim ela fez, foi até o Colubandê, pagou o dinheiro, mas nada ocorreu e André não foi devolvido."
André Luiz era morador de Maricá e trabalhava como motorista de aplicativo. Além disso, tinha um trailer de lanches que funcionava no período da noite. A enteada da vítima, Daiana Barreto, de 25 anos, contou à época que ele desapareceu depois de sair para trabalhar.
"Ele estava conversando por mensagem com a minha mãe o dia todo falando o que ia fazer. Só que minha mãe é deficiente visual, então, geralmente, o André Luiz manda mensagem de áudio para ela ou liga. Raramente manda mensagens escritas, mas foi o que ele fez nesse dia. Ele mandou escrito para ela que estava em uma corrida e não conseguiria falar com ela no momento. Ela desconfiou e, depois de um tempo, começou a rastrear o carro pelo aplicativo da seguradora. Depois, também tentou rastrear a localização do celular, mas esta foi desativada. Tentamos ligar e mandar mensagem, mas ele não respondeu mais", disse.