Caso Henry: Justiça do Rio nega pedido de liberdade a Jairinho
A defesa do ex-vereador ponta que Monique Medeiros, mãe do menino e também acusada pelo crime, teve sua previsão preventiva substituída por monitoramento eletrônico
Jairinho segue preso no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu - Marcos Porto/Agência O Dia
Jairinho segue preso no Complexo Penitenciário de Gericinó, em BanguMarcos Porto/Agência O Dia
Rio - O desembargador Joaquim Domingos de Almeida Neto, da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, negou, nesta sexta-feira, um pedido de habeas corpus para o ex-vereador Jairinho, acusado de matar o enteado Henry Borel no dia 8 de março de 2021. A defesa dele aponta que Monique Medeiros, mãe do menino e também acusada pelo crime, teve sua previsão preventiva substituída por monitoramento eletrônico. E pleiteou, por pedido de liminar, que o réu também recebesse o benefício, com base no princípio da isonomia.
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"A decisão alvejada pontua os motivos que determinaram a liberdade provisória deferida a corré, que revela condição pessoal diversa do ora paciente, justamente convergindo com o escopo do princípio da isonomia, também conhecido como princípio da igualdade, fundamental para que a aplicação da lei pelo Poder Judiciário se dê a partir de cada indivíduo, levando em consideração suas particularidades, na medida de suas desigualdades (...) A liminar é medida inicial e precária, que não completa a jurisdição antes do exame de todos os elementos necessários ao convencimento do julgador e à conclusão do julgado. Daí sobrevém a necessidade de análise da questão de forma mais detida pelo Colegiado", escreveu o magistrado.
Segundo a 7ª Câmara Criminal, a defesa poderia pedir para separar o depoimento de Jairinho e do perito, com prazo de cinco dias de distância entre um e outro caso tivessem interesse. Com isso, o perito Sami El Jundi será ouvido em uma data e o ex-vereador em outra. Monique foi dispensada pelo juízo de comparecer aos interrogatórios.
A defesa da professora citou o esclarecimento prestado por ela com duração de 11 horas em fevereiro e que ainda há preocupação com a sua integridade física após ameaças sofridas. Segundo os advogados, a participação da ré não interfere ou prejudica a continuidade do processo.
Relembre o caso
Henry Borel morreu na madrugada do dia 8 de março na emergência do Hospital Barra D'Or, na Barra da Tijuca. Segundo o casal, o menino dormia no quarto e foi encontrado pela mãe, desacordado no chão. Na ocasião, a professora Monique relatou aos médicos que ouviu um barulho e foi ver o que tinha acontecido com o filho. Jairinho, que é médico, contou que o enteado não se mexia e o socorreu para a emergência.
O laudo da necropsia indicou a criança apresentava sinais de violência. A causa da morte foi hemorragia interna e laceração hepática causada por uma ação contundente. A perícia constatou vários hematomas no abdômen e nos membros superiores; infiltração hemorrágica.
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