Bruno Cabral, de 16 anos, teria sido envenenado pela madrastaDivulgação
Prontuário médico de jovem que teria sido envenenado pela madrasta aponta 'intoxicação exógena'
Delegado que investiga o caso também recebeu, nesta segunda-feira, o prontuário da irmã do adolescente que teria morrido envenenada
Rio - O prontuário médico de Bruno Cabral, 16, jovem que teria sido envenenado pela madrasta Cíntia Mariano, 49, apontou que ele teve uma intoxicação exógena, quando o corpo sofre com alguma substância externa. No documento também foi informado que o paciente não tem comorbidades e deu entrada no Hospital Albert Schweitzer, no dia 19 de maio, apresentando nível baixo de consciência. A informação foi obtida pelo RJTV2, nesta segunda-feira.
O delegado que investiga o caso, Flávio Rodrigues, titular da 33ª DP (Realengo), também recebeu o prontuário de Fernanda Carvalho Cabral, de 22 anos. Ela morreu em 27 de março, após apresentar os mesmos sintomas do irmão, no entanto, ela não resistiu e morreu 12 dias depois de dar entrada no hospital. O prontuário de Fernanda contém 170 páginas e será analisado junto com outros investigadores da delegacia.
Inicialmente, a morte da menina foi dada como causa natural, visto que ela teve uma parada cardíaca que causou um dano cerebral, e, consequentemente, os órgão foram parando, mas agora, o caso está sendo investigado como um homicídio. A polícia estuda a possibilidade da exumação do corpo de Fernanda.
Também nesta segunda-feira, o frasco de antipulgas encontrado na cozinha da casa de Cíntia, em Padre Miguel, na Zona Oeste do Rio, foi encaminhado para a perícia. O celular da suspeita também vai passar por perícia.
O delegado intimou funcionários e médicos do Hospital Municipal Albert Schweitzer, responsáveis pelo atendimento de Fernanda e Bruno, a prestar depoimento na delegacia nesta semana.
Madrasta presa
Cíntia foi presa na última sexta-feira (20), em cumprimento de mandado de prisão temporária, que foi mantida durante audiência de custódia no presídio de Benfica, na Zona Norte no domingo (22). A mulher teria confessado a um filho biológico dela, segundo a polícia, que de fato teria colocado veneno na comida dos dois enteados. Com isso, os agentes concluíram que a mulher teria provocado a morte de sua enteada bem como teria tentado matar o adolescente.
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