Carro de Vinícius sendo periciado após acidente Polícia Civil

Rio - O laudo da Polícia Civil constatou que o capotamento que matou o ex-assessor do vereador Gabriel Monteiro, Vinicius Hayden Witeze, na noite de 28 de maio, na RJ-130, na Região Serrana do Rio, foi acidental. O documento, liberado nesta quarta-feira (15), atestou que a eficiência do sistema de freios do veículo, um Toyota Corolla, estava comprometida. "Foi constatado que o reservatório de fluido de freio apresentava o nível de fluido abaixo do recomendado", informa um trecho do documento.
Dentro do carro os peritos também encontraram papéis com prints de conversas que mostravam ameaças que Vinícius vinha sofrendo. Em um bate papo no Instagram, um perfil identificado como "Felps Jp" dizia para o ex-assessor ficar ligeiro.
"Seu m..., tá f...! Fica ligeiro, seu m... quer ser ganancioso, vai ganhar da pior forma. Vale nada... você, nem sua família (...) Você vai para o inferno da pior maneira", dizia a mensagem. Além disso, foi apreendida uma faca de cozinha e um rastreador dentro do veículo.
Ex-assessor guardava papéis com ameaças que vinha sofrendo nas redes sociais - Polícia Civil
Ex-assessor guardava papéis com ameaças que vinha sofrendo nas redes sociaisPolícia Civil
O laudo afirma ainda que não havia anormalidade nos conjuntos de suspensão do veículo, nas balanças direitas e esquerdas nem nas homocinéticas internas e externas, estando os semieixos dianteiros ligados às saídas da caixa de câmbio.
"Foram verificados os braços axiais da caixa de direção, não se registrando folgas entre os braços axiais e os terminais de direção conectados às mangas de eixo dianteiras. Foram verificados os amortecedores e molas das rodas traseiras e dianteiras, não se verificando rupturas nas molas ou deformações excessivas, também nos amortecedores não se verificou sinais de vazamento que indicassem a perda de ação dos amortecedores", ressalta outra parte do documento.
Três dias antes do acidente, Vinícius havia denunciado Gabriel Monteiro por assédio moral e sexual. Quando foi depor, em 25 de maio, Hayden chegou de colete à prova de balas na Câmara Municipal. O ex-funcionário acusou Monteiro de usar suas horas de trabalho para planejar gravações de situações forjadas.
Ao saber da morte do ex-assessor, Gabriel foi às redes sociais lamentar o ocorrido.
"Quem me conhece sabe que não desejo mal a ninguém. Meu ex-assessor que tinha sido pego oferecendo 600 mil reais a outro assessor para forjar provas contra mim, que foi flagrado junto com o 02 da máfia do reboque, morreu num acidente. É triste demais. Jamais torceria por esse fim! Após tentarem me forjar em estupros, pedofilias, assédios, e mil outros crimes. Vão falar que eu o matei. De coração, que ele esteja com Deus. Imagino a dor dos seus pais, pessoas maravilhosas", escreveu.