Suelen da Silva, de 34 anos, morta em frente à boate onde era gerente, em Nova IguaçuReprodução
Segundo Monique, na noite desta quinta, um número desconhecido a chamou em um aplicativo de mensagens e, sem se identificar, disse que era melhor ela parar de dar entrevistas sobre o caso da irmã para não mexer 'com essa gente'.
"[A pessoa] falou que eu estou mexendo com gente grande, que isso [o assassinato] foi coisa de problema que ela [Suelen] teve já há tempos. E para eu parar, porque eu não tenho nada a ver com isso, mas que poderia espirrar em mim. Eu falei que não tem problema. Eu estou preparada. Se eu morrer do mesmo jeito dela, eu vou morrer tentando fazer a justiça", expôs.
Em seu relato, a cozinheira diz que a pessoa que a ameaçou alegou que sabia muita coisa sobre o que aconteceu com Suelen e que sabia o motivo pelo qual ela foi morta, apesar de a família não ter conhecimento de nenhum desentendimento da mulher. E continuou, dizendo para Monique ter cuidado com o que fala até para a polícia.
Monique contou que, apesar das ameaças, pretende lutar por justiça pela sua irmã. Apesar de não ter registrado ocorrência sobre o caso, a cozinheira pretende ir até a delegacia ainda nesta semana.
"Arrancaram uma parte da minha família, do meu nome. Estou com mais força de lutar por justiça, tiraram de mim minha 'cavalinha', eu cuidei como mãe, levei na escola e não aceito [perder] dessa forma tão precoce, tão brutal".
Na noite do crime, cerca de seis homens encapuzados e de bonés teriam descido de um carro e invadido a boate em que Suelen trabalhava, no bairro Rancho Novo. No momento, ela estava dentro do local e foi levada para o lado de fora. De acordo com Monique, haviam pelo menos seis tiros no corpo da mulher.
"Fui até lá e vi o corpo da minha irmã no chão, cheio de tiro. Ela estava dentro do local, os criminosos chegaram, bateram em outras pessoas e pediram somente a gerente. Nesse momento, ela tentou fugir, mas não conseguiu. Eles a colocaram para fora e a executaram na porta da Rainha do Cabaré. Esse foi o local onde ela foi assassinada brutalmente. Deram seis tiros só na cara dela", disse ela, após o reconhecimento de corpo no Instituto Médico Legal (IML).
O velório de Suelen será nesta sexta-feira, a partir de 12h, no cemitério de Santa Cruz, na Baixada Fluminense. A Polícia Civil foi procurada, mas não respondeu aos questionamentos até o momento da publicação desta matéria.
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